Com a colheita praticamente finalizada em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea e com algumas floradas pontuais sendo observadas nas lavouras de arábica, cafeicultores estão preocupados com o clima quente e seco, que já vem prejudicando as condições dos cafezais. Com o estresse sofrido após a colheita, o retorno das chuvas é essencial para a recuperação fisiológica das lavouras, para a indução da florada e para o pegamento das flores já abertas. Previsões da Climatempo indicam possibilidade de chuvas no Sudeste a partir do próximo domingo, 20. Quanto aos preços do arábica, estão oscilando com certa força, influenciados por flutuações externas e pela retração vendedora. No balanço de sete dias, porém, houve queda. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 561,54/saca de 60 kg nessa terça-feira, 15, forte baixa de 6,48% frente ao dia 8.
ARROZ: MESMO COM ISENÇÃO DA TEC, PREÇO SEGUE ACIMA DOS R$ 100/SC
Os altos preços do arroz em casca no mercado interno têm estimulado ações importantes na cadeia produtiva, como a importação de 400 mil toneladas de fora do Mercosul com isenção da Tarifa Externa Comum (TEC), divulgada na semana passada. Analisando a viabilidade de importação e com cautela para novas negociações, uma parcela dos agentes se retirou do mercado, cenário que resultou em elevações moderadas nos preços domésticos comparativamente a semanas anteriores, quando o Indicador ESALQ/SENAR-RS chegou a subir mais de 10% em sete dias. De 8 a 15 de setembro, o Indicador do arroz ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, registrou aumento de 0,17%, fechando a R$ 104,35/saca de 50 kg no dia 15. Na parcial do mês, a elevação é de 11%.
ALGODÃO: QUEDA DO INDICADOR NA PARCIAL DESTE MÊS SE AMPLIA PARA 6%
Atentos ao avanço do beneficiamento da safra 2019/20 e ao possível aumento da oferta no spot nacional, agentes de indústrias estão afastados das aquisições de lotes de algodão em pluma, à espera de preços menores. Segundo levantamento do Cepea, apenas alguns compradores realizam contratos envolvendo pequenos volumes, cenário que mantém baixa a liquidez doméstica. Do lado vendedor, pesquisadores do Cepea indicam que muitos produtores estão focados na colheita e no cumprimento de embarques de contratos a termo, mas os que precisam “fazer caixa” acabam sendo flexíveis nos preços de comercialização. Na parcial de setembro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 6,09%, fechando em R$ 3,1095/lp nessa terça-feira, 15.