As chuvas verificadas em muitas regiões cafeeiras no início de outubro ocorreram em baixo volume, contexto que mantém muitos produtores em alerta. Segundo relatos de colaboradores do Cepea, as precipitações até ajudaram no sentido de reduzir os picos de calor – as altas temperaturas estavam prejudicando as condições fisiológicas dos pés e também parte das floradas –, mas ainda precisam ser bem mais significativas para aliviar o déficit hídrico e também o atual estado debilitado dos cafezais. Quanto ao mercado, com as atenções de agentes voltadas ao clima, seguiu muito calmo nos últimos dias. Nessa quarta-feira, 14, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 540,05/saca de 60 kg, queda de 0,2% no acumulado da parcial deste mês. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 397,28/sc, avanço de 0,24% na mesma comparação.
BOI: CARNE BOVINA SEGUE EM VALORIZAÇÃO NESTE MÊS
A carne bovina negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo vem registrando consecutivas valorizações ao longo deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, em outubro, nem mesmo a recessão econômica, a redução do auxílio governamental e a consequente diminuição no poder de compra de parte da população freiam o movimento de alta nos valores da carne. Nessa quarta-feira, 14, a carcaça casada do boi foi comercializada a R$ 17,08/kg, à vista, com avanço de 2,7% no acumulado da parcial de outubro. Além da menor oferta de boi gordo pronto para o abate, as exportações aquecidas também influenciam as altas nos preços internos da carne, à medida que mantêm enxuta a disponibilidade doméstica de carcaça.
SUÍNOS: OUTUBRO AVANÇA E PREÇOS SEGUEM EM ALTA
A oferta ainda restrita de animais em peso ideal para abate e o incremento na demanda por parte de frigoríficos seguem elevando os valores do suíno vivo nestas primeiras semanas de outubro. Diante disso, pesquisadores do Cepea ressaltam que este mês já vem sendo marcado pelo quinto período a registrar movimento consecutivo de alta nos valores do animal, que renovam os recordes reais em muitas praças e os nominais em outras. No mercado da carne, colaboradores do Cepea apontam dificuldades em seguir repassando as altas do vivo para as carcaças e os cortes, uma vez que os preços elevados começam a gerar resistência por parte dos consumidores, limitando a liquidez.