As chuvas no início de outubro foram suficientes para estimular a abertura das flores nos cafezais de arábica na maior parte das regiões produtoras acompanhadas pelo Cepea. O evento era bastante aguardado pelo setor, uma vez que as primeiras flores, que abriram precocemente no final de agosto, foram afetadas pelo clima seco em setembro. Quanto ao mercado físico, apesar da recuperação das cotações externas e internas no final da semana passada, a grande expectativa do setor com as floradas no Brasil nos últimos dias manteve agentes retraídos do mercado, e a liquidez interna segue baixa. Quanto ao robusta, produtores do Espírito Santo seguem animados com a próxima temporada, já que, segundo agentes consultados pelo Cepea, as chuvas do início de outubro foram benéficas para a variedade, auxiliando o pegamento das flores e o desenvolvimento dos “chumbinhos”. Na Bahia e em Rondônia, as lavouras estão na fase de “chumbinho”, e o clima segue favorável para a produção. No mercado físico, vendedores seguem retraídos e as negociações estão em ritmo lento.
ARROZ: BOA DEMANDA SUSTENTA INDICADOR
O ligeiro aumento da demanda por parte da indústria tem sustentado os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul. No entanto, algumas beneficiadoras têm ofertado valores inferiores aos pedidos por vendedores, reduzindo o número de negócios efetivados. Do lado produtor, segundo colaboradores do Cepea, previsões de chuva para os próximos dias têm mantido o foco nas atividades de campo, diminuindo ligeiramente a oferta do casca no mercado. Nesse cenário, o Indicador do arroz em casca ESALQ-SENAR/RS permaneceu estável (-0,1%) entre 3 e 10 de outubro, fechando a R$ 36,35 nessa terça-feira, 10.
LEITE: COM BAIXO CONSUMO, PREÇOS CONTINUAM RECUANDO
As cotações dos produtos lácteos acompanhados pelo Cepea seguem em queda, refletindo o consumo enfraquecido. Apesar das oscilações observadas entre 2 e 6 de outubro, o preço do leite UHT recuou 1,1% frente à semana anterior, com média de R$1,96/litro no período. Os valores da muçarela, por sua vez, caíram 0,6% na mesma comparação, para a média de R$13,98/kg. Para as próximas semanas, os colaboradores consultados pelo Cepea acreditam em reação dos preços e no aumento do volume negociado, já que, segundo eles, os estoques têm sido controlados e menos promoções têm sido anunciadas.
ALGODÃO: COMPRADOR PRESSIONA E COTAÇÕES RECUAM NO ACUMULADO DO MÊS
As cotações do algodão em pluma acumularam queda neste início de outubro, devido à pressão de boa parte dos compradores, que tem ofertado valores inferiores aos pedidos por vendedores, dificultando novos fechamentos. Assim, de 29 de setembro a 10 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 1,06%. Nessa terça-feira, especificamente, o Indicador fechou a R$ 2,3903/lp, alta de 0,83% frente à terça anterior, 3, refletindo a posição firme de vendedores e a ausência de parte dos compradores do mercado spot.