Os preços domésticos do café arábica avançaram em novembro, influenciados pela valorização dos futuros da variedade e pela retração vendedora. A média do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 565,46/saca de 60 kg, elevação de 28,86 Reais por saca (ou de 5,3%) em relação à de outubro. Pesquisadores do Cepea indicam que, com o aumento nos preços, alguns negócios foram fechados no final de novembro. Grande parte dos vendedores, no entanto, segue afastada do mercado. Isso porque produtores já comercializaram percentual expressivo da atual temporada e, agora, aguardam novas valorizações do café. Agentes também seguem atentos ao desenvolvimento da safra 2021/22.
ARROZ: SEMEIO SE APROXIMA DO FIM; RITMO DE NEGÓCIOS SEGUE LENTO
Enquanto o semeio de arroz está na reta final no Rio Grande do Sul, as negociações do cereal seguem em ritmo lento no mercado doméstico. Isso porque agentes estão atentos aos trabalhos de campo e ao clima no Brasil e no Paraguai – principal fornecedor do produto aos demandantes brasileiros. Compradores consultados pelo Cepea indicam baixa necessidade de aquisição neste momento, afirmando ter bons volumes em estoque. Além disso, muitos desses agentes devem interromper as atividades em dezembro, devido ao recesso de fim de ano. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, recuou 1,57% entre 24 de novembro a 1º de dezembro, fechando a R$ 101,42/saca de 50 kg nessa terça-feira, 1º.
ALGODÃO: PREÇO CAI NA 1ª QUINZENA DE NOVEMBRO, MAS SE RECUPERA NA 2ª
Os valores internos do algodão em pluma registraram dois momentos distintos em novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, na primeira quinzena do mês, os preços caíram pouco mais de 6%, pressionados pela retração de compradores e por variações negativas nas cotações externas. Já na segunda quinzena, as cotações subiram 5%, praticamente recuperando as perdas observadas na primeira metade do mês, tendo como suporte a ligeira alta nos preços externos e na paridade de exportação. No balanço, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 1,32% em novembro, fechando a R$ 4,0023/lp no dia 30.
ALFACE: APESAR DA DEMANDA ENFRAQUECIDA, CHUVA REDUZ OFERTA E ELEVA COTAÇÕES
O volume de chuvas esteve maior no interior paulista em novembro, determinando os rumos da cultura de alface durante o mês e também na safra de verão, com início da colheita previsto para dezembro. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, no curto prazo, as precipitações mais frequentes reduziram a oferta, já que a qualidade dos pés foi comprometida pela ocorrência de doenças (principalmente a "mela") em algumas lavouras, além do estresse repentino às plantas com o ciclo mais avançado, que estavam "acostumadas" ao desenvolvimento durante a estiagem. Com parte do volume comprometida, o mês de novembro foi marcado por leve alta nos preços das alfaces, apesar da procura ainda enfraquecida – durante as eleições municipais, por exemplo, as compras foram menores, devido ao cancelamento de algumas feiras. Em Mogi das Cruzes (SP), o preço médio da variedade crespa foi 8,48% maior que o de outubro, fechando a R$ 15,17/cx com 20 unidades na parcial do mês (até o dia 27). Em Ibiúna, a mesma variedade teve média de R$ 10,61/cx com 20 unidades, alta de 2,8% na mesma comparação.