O movimento baixista nos preços do café arábica, que vem sendo registrado desde meados de abril deste ano, foi intensificado neste mês de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, este contexto vem preocupando os produtores de café, uma vez que os tratamentos culturais da atual temporada foram realizados a custos bastante elevados. Desde o início deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, já caiu quase 15%, operando atualmente na casa dos R$ 850/saca de 60 kg, patamar mais baixo desde julho de 2021. Pesquisadores indicam que a intensificação das quedas esteve atrelada à maior entrada de grãos da nova safra, devido ao bom andamento da colheita – as atividades vêm sendo favorecidas pelo clima. Além disso, muitos compradores estão afastados do mercado spot nacional, o que reforça as desvalorizações do grão.
ARROZ: PREÇOS OSCILAM; PODER DE COMPRA DO ORIZICULTOR MELHORA
Os valores do arroz em casca seguem registrando pequenas oscilações nas praças acompanhadas pelo Cepea no Rio Grande do Sul. Segundo dados do Cepea, a resistência vendedora e a melhora da demanda deram sustentação aos valores. Do lado dos insumos, levantamento do Cepea mostra que os preços de importantes itens utilizados dentro da fazenda estão em queda. Com isso, as relações de troca de arroz por alguns insumos estão mais favoráveis ao orizicultor, elevando o poder de compra desses agricultores.
ALGODÃO: PREÇOS INTERNOS CAEM COM MAIS FORÇA, PRESSIONADOS POR QUEDA EXTERNA
As cotações do algodão em pluma passaram a cair com um pouco mais de força no mercado spot brasileiro neste encerramento de junho. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão vem sobretudo da queda observada nos preços externos, que, por sua vez, vêm sendo influenciados pela expectativa de clima favorável nos Estados Unidos, pela retração no preço do petróleo e pelo enfraquecimento das vendas de pluma norte-americanas. Este cenário de baixa também é reforçado pela maior flexibilidade de parte dos vendedores nacionais. Compradores, por sua vez, seguem cautelosos nas novas negociações e atentos à proximidade da entrada de maior volume da safra 2022/23.