Os preços do café arábica têm oscilado com força neste começo de março. Segundo análise do Cepea, esse cenário está atrelado às condições climáticas e produtiva no Brasil, aos estoques bastante justos e à volatilidade no mercado internacional. Cafeicultores seguem atentos e preocupados com as atuais temperaturas elevadas no Brasil e muitos estão à espera de chuvas neste mês. Pesquisadores do Cepea reforçam que o clima quente e seco pode prejudicar a qualidade e a produtividade da safra 2025/26.
ARROZ: Preço de importação cai ao menor nível em dois anos
Dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que, em fevereiro, as importações brasileiras de arroz em equivalente casca somaram 141,27 mil toneladas, o maior volume em oito meses, além de aumentos de 28,47% frente a janeiro/25 e de 4,47% sobre igual período de 2024. Ao mesmo tempo, o preço médio de importação em fevereiro/25 foi o mais baixo em dois anos, de US$ 326,04/tonelada. Pesquisadores do Cepea explicam que esse fator, juntamente do avanço da colheita na região Sul, justifica a pressão sobre as cotações internas. De modo geral, a liquidez nas negociações domésticas do casca segue baixa. Segundo o Centro de Pesquisas, produtores continuam focados nas atividades de campo, aguardando uma possível valorização do câmbio para estimular a demanda internacional. Unidades de beneficiamento, por sua vez, compram apenas o essencial, apostando em queda nos preços à medida que a colheita avança ao longo do mês.
ALGODÃO: Com novas altas, Indicador é o maior em um ano
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do algodão em pluma seguem em alta. No último dia 6 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, atingiu R$ 4,2337/lp, o maior valor nominal desde 14 de março de 2024. Segundo pesquisadores do Cepea, players continuam priorizando os embarques de pluma de contratos a termo, sobretudo ao mercado externo. Além disso, as recentes valorizações internacionais favorecem a postura mais resistente de vendedores para novos negócios no spot. Do lado da demanda, ainda conforme o Centro de Pesquisas, indústrias adquirem lotes de forma pontual, visando repor estoque e/ou atender à necessidade imediata – agentes relatam certa recuperação das vendas de manufaturados.