Nessa terça-feira, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 396,32/saca de 60 kg, o menor fechamento diário desde 23 de julho de 2014. Na parcial de fevereiro (de 31 de janeiro a 26 de fevereiro), o Indicador recuou fortes 4,53%. Segundo pesquisadores do Cepea, de modo geral, as baixas estão atreladas à perspectiva de um novo volume satisfatório na safra 2019/20 no Brasil, mesmo em bienalidade negativa. Quanto à nova temporada, as condições dos cafezais têm sido favorecidas por chuvas registradas na maior parte das regiões de arábica e robusta no Brasil. Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), na parcial de fevereiro (até o dia 24), as chuvas ultrapassavam 80 mm em todas as regiões de arábica – na estação de Franca (SP), na Mogiana, o acumulado foi de 194 mm no período.
ARROZ: COMPRADOR PRESSIONA E INDICADOR RECUA
Mesmo com a lentidão nas negociações de arroz em casca no Rio Grande do Sul e a baixa oferta de arroz da safra velha (2017/18) e da nova temporada (2018/19), beneficiadoras reduziram suas ofertas de compra nos últimos dias. Assim, na parcial de fevereiro (de 31 de janeiro a 26 de fevereiro), o Indicador do arroz em casca ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou queda de 2,85%, fechando a R$ 39,61/sc na terça-feira, 26. No geral, beneficiadoras demonstram pouco interesse por novas aquisições, priorizando realizar liquidações internas. Já as que ofertam valores também para o arroz “livre” (armazenado nas propriedades rurais) afirmam que há pouca oferta do produtor. Do lado vendedor, apenas alguns orizicultores estão ativos no mercado spot, pois há aqueles que já venderam todo o arroz da safra 2017/18 e, portanto, estão voltados às atividades de colheita da nova temporada.
ALGODÃO: EM MERCADO LENTO, PREÇO TEM QUEDA DE 0,41% EM FEVEREIRO
O ritmo de negociação de algodão em pluma está lento, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Enquanto uma parte dos agentes está retraída, outra registra disparidades entre valores e qualidade do produto, mantendo baixo o número de negócios. Assim, as cotações da pluma estão em queda neste mês. O Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, fechou a R$ 2,9301/lp nessa terça-feira, 26, baixa de 0,41% no acumulado de fevereiro (de 31 de janeiro a 26 de fevereiro). Quanto aos embarques da pluma, dados da Secex indicam que, até o final da quarta semana de fevereiro/19, a média diária foi de 4,7 mil toneladas, 5,5% inferior à de janeiro/19, mas expressivos 54,9% superior à de fevereiro/18. Na parcial de fevereiro/19, o volume já atingiu 74,8 mil toneladas.
BANANA: PREÇO DA NANICA SOBE 42% NO VALE (SA:VALE3) DO RIBEIRA
Com o menor volume de banana nanica e a maior procura no Vale do Ribeira (SP), as cotações estão em alta, de acordo com dados do Hortifruti/Cepea. De 18 a 22 de fevereiro, a média da nanica foi de R$ 1,27/kg, 42% acima do preço registrado na semana anterior. Produtores destacam, porém, que não deve haver falta de frutos, pois mais bananas entrarão no mercado entre março e abril. No Norte de Santa Catarina, a elevação dos preços foi de 31% na mesma comparação.