Os preços do café arábica recuaram com força ao longo de outubro, chegando a operar abaixo de R$ 1.000/saca de 60 kg, o que não acontecia desde agosto de 2021. No acumulado do mês (de 30 de setembro a 31 de outubro), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, teve forte baixa de 280 Reais/saca (ou de 22%), encerrando o mês a R$ 1.005,33/saca de 60 kg. No dia 30, especificamente, o Indicador chegou a fechar a R$ 987,53/sc. Pesquisadores do Cepea indicam que a queda dos preços esteve atrelada ao clima favorável às lavouras brasileiras e a questões econômicas mundiais. No campo nacional, chuvas frequentes ao longo do mês auxiliaram o desenvolvimento inicial da safra. No front externo, as elevações da inflação e dos juros nos Estados Unidos e na Europa e a expectativa de redução do consumo da bebida reforçaram o movimento de desvalorização do café no Brasil.
ARROZ: INDICADOR SOBE E VOLTA À CASA DOS R$ 80/SC
Durante boa parte de outubro, um número maior de negócios foi realizado no mercado sul-rio-grandense de arroz em casca. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores estiveram mais ativos, mas sinalizaram dificuldades em encontrar o volume desejado. Os vendedores, por sua vez, pediram preços mais elevados pelo cereal. Assim, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) subiu 4,02% no acumulado de outubro, encerrando o mês a R$ 80,16/saca de 50 kg, patamar que não era registrado desde o fim de maio de 2021.
ALGODÃO: PREÇOS RECUAM MAIS DE 10% EM OUTUBRO
Os preços externos e internos do algodão em pluma caíram de forma significativa em outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, a preocupação quanto à demanda por pluma e produtos têxteis diante da possível recessão global influenciou a queda dos valores. Além disso, as retrações do dólar e da paridade de exportação reforçaram o movimento de desvalorização no Brasil à medida que levaram algumas tradings a atuarem a preços mais competitivos ao longo do mês. Diante disso, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, acumulou baixa de 10,85% em outubro, encerrando o mês a R$ 5,0442/lp.
SUÍNOS: MÉDIA DE OUT/22 FECHA ACIMA DA DE SET/22
As altas nos preços do suíno vivo verificadas no começo de outubro garantiram que a média mensal fechasse acima da registrada em setembro. Isso porque, nas últimas semanas do mês, foram observados recuos nos valores do animal em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. No começo de outubro, a demanda aquecida pela carne no mercado atacadista e a maior procura por lotes por parte de frigoríficos para fazer estoques para o final do ano levaram unidades de abate a aumentaram a busca por novos lotes. No entanto, a oferta de suínos com peso ideal para abate esteve reduzida, contexto que elevou os preços nas primeiras semanas do mês. Já as baixas no final do mês foram influenciadas pela menor procura de frigoríficos, devido às fracas vendas de carne do mercado atacadista e também ao feriado da quarta-feira, 2 (Dia de Finados), que acarreta um dia a menos de abate na semana.