Expectativas de menor oferta no Brasil têm impulsionado as cotações do café arábica nos mercados interno e externo. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 478,66/saca de 60 kg nessa terça-feira, 8, forte alta de 4% nos últimos sete dias. Nesse cenário, algumas negociações foram observadas no mercado spot. Quanto ao robusta, produtores estão retraídos, concentrados nas floradas e à espera de valorizações mais expressivas da variedade. Porém, alguns negócios já foram fechados, principalmente devido à necessidade de caixa de alguns produtores. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo fechou a R$ 415,89/saca de 60 kg nessa terça, 8, aumento de 0,2% frente à terça anterior, 1º.
ARROZ: APESAR DA BOA LIQUIDEZ, PREÇOS CAEM NO RS
O ritmo de comercialização esteve bom no mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul na primeira semana de agosto, apesar da “queda de braço” entre compradores e vendedores quanto aos valores da saca. Segundo colaboradores do Cepea, indústrias deram preferência ao produto depositado em seus armazéns, e ofertaram valores ligeiramente menores que os da semana anterior. Do lado vendedor, parte dos orizicultores permaneceu retraída, na expectativa de alta dos preços. Outros, no entanto, disponibilizaram alguns lotes, devido à necessidade de caixa para pagamento dos compromissos de safra. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, recuou 0,63% de 1º a 8 de agosto, fechando a R$ 39,94/saca de 50 kg nessa terça-feira, 8.
ALGODÃO: LACUNA ENTRE PREÇOS PEDIDOS E OFERTADOS LIMITA NEGÓCIOS NO SPOT
Apesar do interesse de compradores em negociar no mercado spot de algodão em pluma, a disparidade entre os preços ofertados e pedidos tem limitado as efetivações neste início de agosto. Segundo pesquisadores do Cepea, indústrias têm procurado por pequenos volumes, mas a valores inferiores aos pedidos por vendedores. Comerciantes, por sua vez, adquirem lotes para cumprir contratos. Do lado vendedor, parte dos produtores prioriza os embarques da pluma já contratada, principalmente aqueles que já comprometeram a maioria da produção. Nesse cenário de baixa liquidez, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias registrou queda de 0,25% entre 1º e 8 de agosto, fechando a R$ 2,4416/lp nessa terça-feira, 8.
ALFACE: PRODUTORES DESTROEM PARTE DA PRODUÇÃO EM MG
Produtores de alface de Mário Campos (MG) destruíram parte das lavouras da região na primeira semana de agosto, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Com o clima favorável para a produção, a oferta da folhosa aumentou, e os produtores tiveram dificuldades para vender todo o volume colhido. A menor procura, por conta das temperaturas mais baixas, também resultou em sobra de alfaces nas roças mineiras. Além disso, a greve dos caminhoneiros também interferiu nas vendas. Entre 31/07 e 04/08), a alface crespa teve média de R$ 5,74/cx com 20 unidades em Mário Campos, queda de 10,07% frente ao período anterior e abaixo das estimativas de custos de produção (R$ 7,59/cx).