Apesar da queda pontual dos preços de café na segunda-feira, 22, os valores continuam em alta no mercado brasileiro. Informações do Cepea apontam que a elevação das cotações de arábica e robusta está atrelada ao aumento nos valores externos de ambas as variedades e à maior demanda. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, fechou a R$ 456,81/saca de 60 kg, avanço de 3% entre 16 e 23 de outubro. Quanto ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 finalizou a R$ 335,17/sc, aumento de 0,34% no mesmo comparativo. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta das cotações atraiu um maior número de vendedores nos últimos dias e a liquidez esteve elevada. Entretanto, com o recuo na segunda-feira e a aproximação do segundo turno das eleições, agentes voltaram a se afastar do mercado nesta semana, dificultando o fechamento de novos negócios.
ARROZ: COM INDÚSTRIAS RETRAÍDAS, PREÇO SEGUE EM QUEDA NO RS
Indústrias têm demonstrado baixo interesse em novas aquisições de arroz em casca, de acordo com informações do Cepea. Com a demanda do beneficiado enfraquecida, algumas empresas dão preferência por negociar o arroz depositado em seus armazéns, apenas para repor estoque. Outras, por sua vez, permanecem fora de mercado. Do lado produtor, as vendas foram efetivadas apenas para “fazer caixa” e cumprir com os pagamentos de safra, inclusive as parcelas de banco – aqueles agricultores mais capitalizados seguem retraídos, na expectativa de preços maiores na entressafra. No geral, orizicultores estão voltados aos trabalhos no campo. Com baixa liquidez, de 16 a 23 de outubro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, registrou queda de 1,67%, fechando a R$ 44,02/sc na terça-feira, 23. No acumulado de outubro (até o dia 23), a retração é de 3,78%.
ALGODÃO: MERCADO SEGUE LENTO E COTAÇÃO, EM QUEDA
Os preços do algodão em pluma continuam em baixa no mercado brasileiro, segundo dados do Cepea. O movimento no mercado spot segue lento e as negociações envolvem, na maioria dos casos, pequenos volumes. Compradores demonstram baixo interesse por novas efetivações, insatisfeitos quanto às vendas dos derivados, sejam fios ou produtos acabados. Do lado vendedor, de acordo com pesquisadores do Cepea, agentes baixaram ainda mais as ofertas, atentos à desvalorização do dólar frente ao Real e às oscilações dos contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures) nos últimos dias. O Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu expressivos 2,42% de 16 a 23 de outubro, fechando a R$ 3,0161/lp nessa terça-feira, 23. Na parcial de outubro (até o dia 23), o recuo chega a 5,63%.
MELÃO: COM REDUÇÃO DE OFERTA, ORANGE SE VALORIZA
O preço de melões nobres registrou aumento no atacado de São Paulo na semana passada (de 15 a 19 de outubro), de acordo com pesquisas do Hortifrúti/Cepea. Para o orange, a alta de 6% é resultado da menor oferta, por conta da menor produção na roça – essa variedade é destinada apenas ao mercado doméstico e, nesse momento, melonicultores focam nas frutas a serem exportadas. Assim, o preço médio do orange foi de R$ 18,30/cx de 6 kg. Quanto às variedades gália e cantaloupe, as elevações foram de 5% e 4%, respectivamente, no mesmo período.