Após as fortes desvalorizações em meados deste mês, os preços internos do café arábica subiram com força nos últimos dias, impulsionados pela alta do dólar e pela elevação dos valores externos da variedade. Nesse cenário, a liquidez e o volume de negócios envolvendo o arábica estiveram maiores, conforme colaboradores do Cepea. Nessa terça-feira, 28, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica fechou a R$ 424,23/sc, forte avanço de 4% em relação à terça anterior, 21. Quanto ao robusta, as cotações externas da variedade e o dólar operando em alta por boa parte da semana passada levaram agentes ao mercado físico, permitindo o fechamento de alguns negócios. No dia 28, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 322,69/saca de 60 kg, elevação de 1,48% frente à terça anterior, 21.
ARROZ: COM DEMANDA FIRME, PREÇO DO CASCA SOBE PELA 12ª SEMANA
As cotações do arroz em casca subiram pela 12ª semana seguida no Rio Grande do Sul. De 21 a 28 de agosto, o Indicador do arroz em casa ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, registrou alta de 0,7%, fechando a R$ 44,77/sc de 50 kg nessa terça-feira, 28. Segundo colaboradores do Cepea, a valorização está atrelada à maior demanda de beneficiadoras, que buscam efetivar novos lotes de casca para repor estoques – mesmo insatisfeitas com o aumento dos gastos com frete, indústrias de outros estados, como Goiás e Minas Gerais, estiveram ativas no mercado do cereal, o que também contribuiu para as altas no Rio Grande do Sul. Do lado vendedor, orizicultores com necessidade de “fazer caixa” disponibilizam lotes, enquanto outros, mais capitalizados, seguem recuados, atentos à valorização do dólar frente ao Real, que pode favorecer a efetivação de novos contratos para exportação.
ALGODÃO: COM VENDEDOR FLEXÍVEL E PRESSÃO COMPRADORA, PREÇO CAI
Os preços do algodão em pluma continuam em queda no mercado brasileiro. Segundo colaboradores do Cepea, vendedores seguem flexíveis, visto que boa parte dos lotes ofertados ainda não apresenta qualidade homogênea. Já indústrias, atentas à maior produção brasileira e na expectativa de novas desvalorizações, pressionam os valores de compra quando ativas no mercado. De 21 a 28 de agosto, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, caiu 1,09%, fechando a R$ 3,1851/lp nessa terça-feira, 27, o menor patamar desde meados de abril/18. Na parcial de agosto, o Indicador acumula baixa de 4,36%. Nesse cenário, as negociações no spot se limitam a pequenos volumes.
TOMATE: PREÇOS SEGUEM EM QUEDA NO ATACADO PAULISTANO
As cotações do tomate recuaram na Ceagesp por mais uma semana, ainda refletindo a oferta elevada, que, por sua vez, está atrelada à concentração da colheita e à alta produtividade do fruto. Somado a isso, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o clima tem favorecido a cultura, evitando descartes de mercadoria. Entre 20 e 24 de agosto, os tomates salada longa vida 2A e 3A tiveram preços médios de R$ 16/cx de 20 kg e de R$ 28,73/cx na Ceagesp, respectivas quedas de 7,1% e de 12,32% frente às médias da semana anterior. Em Mogi Guaçu (SP), de acordo com relatos de colaboradores, algumas áreas foram afetadas por chuvas de granizo na primeira quinzena do mês, mas, mesmo assim, a oferta não diminuiu – a produção da região esteve entre 450 e 500 cxs/mil pés.