A retração de agentes no mercado cafeeiro foi intensificada na semana passada, principalmente devido ao feriado de Finados, no dia 2. Insatisfeitos com os preços no físico, muitos vendedores voltam suas atenções às lavouras. Já os compradores consultados pelo Cepea reduziram suas aquisições, atentos aos estoques confortáveis nos países consumidores e à perspectiva de uma boa safra 2018/19. Nesse cenário, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 449,09/saca de 60 kg nessa terça-feira, 7, queda de 0,46% em relação à terça anterior, 31. Quanto ao robusta, estimativas de boa produção para a safra 2018/19 também têm diminuído o ritmo de negociação, pressionando as cotações no mercado físico. Os preços da variedade também têm sido influenciados pelas quedas externas, que, por sua vez, estão atreladas à aproximação da colheita no Vietnã. Nessa terça-feira, 7, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 fechou a R$ 357,90/sc de 60 kg, forte queda de 3,97% em relação à terça anterior, 31.
ARROZ: PRODUTORES SE VOLTAM AO SEMEIO E PREÇOS REGISTRAM 3ª ALTA CONSECUTIVA
Com o clima favorável em grande parte do Rio Grande do Sul, alguns orizicultores se voltaram às atividades de semeio da safra 2017/18 na última semana. Nesse cenário, muitos produtores se afastaram do mercado, sem necessidade imediata de “fazer caixa” ou dando preferência à comercialização de soja ou gado. Apenas aqueles com maior urgência em negociar é que ofertaram lotes do produto no mercado. Do lado comprador, segundo colaboradores do Cepea, algumas indústrias têm demonstrado interesse por novas aquisições. Assim, os preços do arroz em casca subiram pela terceira semana consecutiva no Rio Grande do Sul. De 31 de outubro a 7 de novembro, o Indicador ESALQ-SENAR/RS registrou alta de 1,46%, fechando a R$ 37,29/sc de 50 kg nessa terça feira, 7.
ALGODÃO: COM ALTA EXTERNA, INTERESSE POR EXPORTAÇÃO AUMENTA
Com a alta dos preços internacionais e as oscilações na taxa de câmbio nestes primeiros dias de novembro, agentes se voltaram para as negociações de contratos para exportação, principalmente envolvendo o produto da safra 2017/18. O número de negócios captados pelo Cepea, no entanto, ainda tem sido baixo. No mercado brasileiro, apenas alguns lotes foram comercializados para entrega neste final de 2017 e ao longo de 2018. Já para entregas rápidas, boa parte dos vendedores segue retraída, mantendo baixa a liquidez. Algumas indústrias estão ativas no mercado, mas ofertando preços inferiores aos pedidos por cotonicultores e tradings. A disparidade de preços entre os agentes e a diferença de qualidade num mesmo lote de pluma limitaram os fechamentos. Assim, de 31 de outubro a 7 de novembro, o Indicador do algodão CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu apenas 0,27%, a R$ 2,4149/lp nessa terça-feira.
ALFACE: FERIADO E CLIMA PREJUDICAM VENDAS NO ATACADO
O feriado de Finados (2) e a leve redução das temperaturas em São Paulo atrapalharam as vendas de folhosas na Ceagesp nos últimos dias, o que pressionou as cotações de todas as variedades de alface no atacado. Entre 30 de outubro e 3 de novembro, as alfaces crespa e lisa tiveram média de R$ 10,46/cx com 24 unidades, queda de 4,92% frente à semana anterior. Já a americana se desvalorizou em 7,39%, com média de R$ 11,26/cx com 18 unidades no mesmo período. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, as sobras diminuíram, já que o volume de alface disponível para a comercialização foi limitado. A qualidade da maioria delas, por sua vez, esteve satisfatória. Porém, alguns colaboradores relataram casos de queima de borda (por conta das chuvas) e de hidropônicas em tamanho inferior ao padrão.