CAFÉ: Indicador do robusta supera os R$ 400/sc
O volume de café robusta negociado no mercado interno tem sido relativamente baixo no correr desta temporada. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário tem favorecido sucessivos reajustes dos preços desde junho do ano passado.
Além de a última safra no Espírito Santo ter tido quebra significativa, as exportações da variedade seguem intensas desde 2014. Com isso, produtores que ainda possuem lotes de grão seguem aguardando novas altas para negociar.
Nesse contexto, na última sexta-feira, 5, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, atingiu R$ 401,58/saca de 60 kg, o segundo maior valor real (IGP-DI jan/16) da série histórica do Cepea, iniciada em 2001 – o recorde está em dez/2011. Já nessa quinta-feira, 11, o Indicador recuou para R$ 399,97/saca de 60 kg, com ligeira alta 0,62% em relação ao final de janeiro.
CITROS: Vendas são calmas e preços se sustentam
As vendas de laranja de mesa no mercado paulista têm sido calmas nesta semana, resultado do recesso de carnaval. Assim, os preços ao produtor não tiveram grandes alterações. Na parcial da semana (quarta a quinta-feira), a pera tem média de R$ 19,16/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 1,3% ante a semana passada. A expectativa de agentes é que a demanda comece a melhorar em breve, com o retorno das aulas e, consequentemente, do fornecimento de frutas à merenda escolar.
A lima ácida tahiti também está com vendas retraídas nesta semana. A maior parte dos compradores se abasteceu na semana passada, antecipando-se ao consumo aquecido do carnaval. Ainda assim, nesta semana, a tahiti tem sido comercializada à média de R$ 10,10/cx de 27 kg, colhida, alta de 6,5% em relação à semana passada.
De acordo com estimativas anunciadas recentemente pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) e USDA, referente à produção citrícola no Brasil (São Paulo e Triângulo Mineiro) e na Flórida, a oferta de laranja destes dois importantes produtores deve totalizar 358,92 milhões de caixas, 12% menos que o produzido na temporada passada. Assim, a expectativa é que haja forte redução na produção mundial de suco de laranja em 2016.
SUÍNOS: Cotações são as menores desde 2013
Os preços do suíno vivo seguem em queda em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Santa Rosa (RS) e Patos de Minas (MG), as cotações dessa quinta-feira, 11, são as menores, em termos reais (IGP-DI jan/16), desde julho de 2013.
Naquele período, o setor atravessava uma crise decorrente do embargo da Ucrânia (de março a junho/13), então principal comprador da carne suína brasileira. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de animal vivo está elevada principalmente no Paraná, onde a produção tem aumentado nos últimos anos e, recentemente, devido aos altos custos de produção, suinocultores – sobretudo independentes – têm adiantado a venda dos animais com peso próximo ao ideal para abate. Para agravar, as exportações do estado em janeiro foram estáveis em relação a dezembro (+0,3%), limitando o escoamento externo e sobrecarregando a disponibilidade de animais e carne em outros estados.
Em São Paulo, por exemplo, colaboradores do Cepea confirmam a entrada de animais e de carne vindas do Sul a preços mais competitivos.