O Valor comenta como a Petrobras (SA:PETR4) modificou seu acordo de acionistas com Odebrecht em Braskem (SA:BRKM5) para incluir tag along para suas ações preferenciais (BRKM4).
O tag along é financês para o direito de todas ações receberem o mesmo preço do controlador em caso de venda da empresa.
Antes que você me pergunte, sim, os detentores da BRKM5 já possuíam tag along.
Tudo caminha bem para a venda de BRKM para a holandesa LyondellBasell. Só fica faltando um novo contrato de fornecimento de nafta entre Petrobras e Braskem.
Mas, como já comentamos, um grupo dentro da Petrobras não gosta da ideia e defende o engrandecimento da estatal – vimos como tudo isso deu bastante certo no governo Dilma.
O grande defensor da venda de ativos, o ótimo Pedro Parente, agora dá expediente na BRF (BRFS3 (SA:BRFS3)), tendo pedido para sair após a greve dos caminhoneiros e o subsídio aos combustíveis.
O outro acionista controlador, a Odebrecht, precisa do dinheiro, mas reluta em vender sua fatia.
Com a construtora em frangalhos (todos sabemos os motivos), a Braskem é a galinha dos ovos de ouro do grupo. Se receber em ações da LyondellBasell, a Odebrecht, continua recebendo dividendos e empurrando sua dívida com os bancos.
Mas as expectativas é de que o negócio feche ainda este ano, já que ninguém sabe como um novo governo enxergará a venda de um “campeão nacional”.
E o mais importante ainda não foi anunciado, o preço.
No Investidor de Valor, estamos sempre preocupados com seu rico dinheirinho. E deixamos dinheiro na mesa - as ações dispararam 4 por cento somente ontem com o anúncio da Petro.
Apesar de ver ainda muito valor nas ações, sem saber o preço que estava sendo negociado e com visibilidade bastante baixa nas discussões, preferimos nos retirar antecipadamente.
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