Brasil - Confiança, Crescimento e um Pouco de Vidência

Publicado 28.09.2016, 09:24
VALE
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Eu comentei aqui uma série de posts sobre os EUA – COPO MEIO CHEIO MEIO VAZIO….não sei quantos de vocês leram, mas a ideia é que lá, vemos dados positivos e negativos que podem sustentar quase que qualquer tese…tipo economia está aquecida e existe espaço para elevação de juros…ou não! Rs.

Anyway…tivemos updates interessantes no Brasil…basicamente aqui o copo esta vazio, mas muita gente olha e vê o copo cheio?!

Mas é compreensível, pois o que vem mudando aqui é a volta da confiança…também já abordei isso..numa série de posts chamado: A MULHER TRAÍDA READQUIRE A CONFIANÇA

Pois é vale manter de olho porque é um indicador deveras importante. Tivemos 2 essa semana:

  • O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,3 ponto alcançando o maior desde janeiro de 2015 (81,2 pontos). “A confiança dos consumidores continua sendo sustentada pelas expectativas em relação aos meses seguintes. O descolamento recorde entre o ISA e IE, mostra que mesmo após seis meses de melhora gradual das expectativas, a demora para que ocorra uma efetiva recuperação do mercado de trabalho ou da situação financeira das famílias vem levando à sustentação de uma postura cautelosa por parte do consumidor “,afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.

confiancaconsumidorsetembro

  • O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 2,1 pontos em setembro, atingindo o maior nível desde junho de 2015. “Definitivamente, o cenário começa a se mostrar mais favorável para a construção civil. O anúncio do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e a sinalização de retomada de obras paradas do MCMV impulsionaram ainda mais as expectativas empresariais em setembro. Vale (SA:VALE5) destacar também que a percepção em relação à situação corrente dos negócios vem melhorando continuamente, sugerindo uma lenta retomada, que precisará ganhar mais fôlego para se consolidar”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE

confiancaconstrucaosetembro

A propósito, a julgar pelo último relatório do Itaú (SA:ITUB4), tem gente vendo o copo até transbordando!

Veja que o Itaú sugere um crescimento “v” … ui!

CRESCIMENTO EM “V”?

Depois do Santander (SA:SANB11) que lacrou seus 2% de PIB em 2017 lá em maio, o Itaú agora também se mostra bem otimista. Crescimento seria em “v”…ou seja, caiu bem e retoma bem também…acho polêmico, mas quem sou eu pra achar algo…

Tive acesso ao relatório e o resumo é:

“Por ora, a retomada está sendo impulsionada por um ciclo de estoques. A sustentabilidade da recuperação à frente depende da reaceleração mais ampla da demanda. A desalavancagem das empresas, os juros mais baixos e a evolução mais favorável dos preços das commodities levarão a uma retomada do investimento. Mais adiante, a recuperação ganhará força com a volta do consumo, reflexo da melhora do mercado de trabalho e os juros menores. Projetamos: PIB +2,0% em 2017 e +4,0% em 2018.”

Outros highlights interessantes:

  • Investimentos caíram 26% deste o máximo alcançado no 3T13. Já comentei aqui sobre a formação bruta de capital fixo (tão importante para a ROMI)…mas vale lembrar: foram 10 trimestres consecutivos de decrescimento! Atualmente estabilizou, mas falta motivo para melhorar de fato.
  • Eles rodam um modelo econométrico que mostra que os investimentos são, entre outras coisas, função de: preço de commodities, alavancagem das empresas e taxas de juros. Logo, considerando que eles veem certa estabilização de preços de commodities e queda nas taxas de juros, é possível que empresas reduzam alavancagem e com isso voltem a investir…os gráficos resumem isso:

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  • Corroboram a esse cenário 2 pontos importantes: (i) o elevado desemprego, o qual ajuda pois fornece mão de obra a um preço baixo e que permite recomposição de margens perdidas pelas empresas nos últimos anos; (ii) o preço dos aluguéis em patamares igualmente baixos.

reldoitaucrescimentopib2

  • Depois com os investimentos andando, o consumo tende a ser positivamente impactado…até porque a recessão também gerou forte contração deste….e voi lá você tem o crescimento de 2% para 2017 e 4% para 2018.

Enfim…no papel as coisas estão muito bonitas…mas toda essa melhora não te sido vista em nenhum dado concreto da economia e são MUITO dependentes das reformas fiscais necessárias para recolocar o país nos trilhos…

Por ora apenas peço a Deus que leia esses relatórios e confirme nossas expectativas.

Rs…oremos!
Amém!

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