Renda e gastos pessoais mais fortes, pedidos de auxílio-desemprego mais baixos, PCE e núcleos mais baixos, PMIs fracos e estes foram os sinais emitidos pela economia americana, dificultando a criação de um cenário futuro de juros nos EUA.
Já na Zona do Euro, a quantidade de indicadores de inflação, como o PPI negativo de hoje e abaixo das expectativas podem dar alento aos próximos passos da política monetária, entretanto, parte deste alívio vem da renovação, estranhamente, de parte dos estoques de gás, trazendo a descompressão das medidas de preços.
Localmente, a revisão e a abertura do PIB rechaçam em partes a leitura do número fechado mais fraco do que as expectativas e renova a percepção de que 2022 será um ano de indicadores positivos ao país, com queda no desemprego e atividade econômica aquecida.
O problema por aqui é que os efeitos da política monetária começam a surgir na economia real e o ímpeto deste crescimento começa a perder força, sendo que os indicadores antecedentes do último trimestre não desenham um cenário de opulência para o primeiro quartil de 2023.
Neste contexto de tantas incertezas e reviravoltas, as atenções deve se concentrar novamente no mercado de trabalho nos EUA, com a divulgação do Payroll com expectativa de criação mais modesta de vagas em novembro, ainda que demonstrando robustez.
É importante continua a observar os ganhos por hora trabalhada e também a taxa de participação, pontos citados por Powell recentemente numa entrevista à Bloomberg, o que podem ser bases para o futuro dos juros americanos.
No mais, a China começa a rever os erros crassos cometidos durante a nova onda da pandemia e ainda que não admita, as revoltas populares acenderam alertas importantes no PCCh, de forma a aliviar parte de toda a pressão por lockdowns e focar na vacinação de idosos.
Assim, a China pode reabrir mais rapidamente do que inicialmente se preconizava, dando alento aos mercados emergentes, mas não necessariamente beneficiando o Brasil, ainda absorto em questões locais.
O Brasil não perdendo oportunidade de perder oportunidades, como diria Roberto Campos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelo Payroll.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, aguardando sinais mais concretos da China quanto à condução da COVID-19.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto ao minério de ferro e prata.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com o fortalecimento global do dólar americano.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,81%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1918 / 0,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / 0,057%
Dólar / Yen : ¥ 134,05 / -0,946%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,196%
Dólar Fut. (1 m) : 5226,21 / -0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,91 % aa (-0,07%)
DI - Janeiro 24: 13,98 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 26: 12,88 % aa (1,02%)
DI - Janeiro 27: 12,75 % aa (0,79%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,3872% / 110.926 pontos
Dow Jones: -0,5631% / 34.395 pontos
Nasdaq: 0,1260% / 11.482 pontos
Nikkei: -1,59% / 27.778 pontos
Hang Seng: -0,33% / 18.675 pontos
ASX 200: -0,72% / 7.301 pontos
ABERTURA
DAX: 0,322% / 14536,92 pontos
CAC 40: -0,105% / 6746,90 pontos
FTSE: -0,241% / 7540,31 pontos
Ibov. Fut.: -1,22% / 111380,00 pontos
S&P Fut.: 0,01% / 4082 pontos
Nasdaq Fut.: -0,143% / 12055,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,61% / 115,38 ptos
Petróleo WTI: 0,09% / $81,29
Petróleo Brent: 0,13% / $86,99
Ouro: -0,09% / $1.800,69
Minério de Ferro: 4,17% / $106,15
Soja: 0,00% / $1.430,25
Milho: -0,58% / $646,25
Café: -2,59% / $163,35
Açúcar: -0,71% / $19,47