A semana interrompida pelas festividades de fim de ano começa a traçar os cenários de 2020 para a economia e para os mercados globais, em meio a soluções temporárias, tendências definidas e perspectivas positivas.
Há algum tempo, em conversas com investidores estrangeiros, se observa claramente um acompanhamento da melhora da boa vontade de se investir no Brasil, conforme avançam tanto os indicadores econômicos, quanto a série de reformas estruturantes.
Não somente o que acontece no Brasil trouxe esta melhor propensão ao prêmio de risco.
O afastamento cada vez mais constante da ideia do que poderia chamar uma recessão em nível global também anima tais investidores, ainda que o ciclo para alguns países seja de desaceleração.
É exatamente na contramão deste ciclo em que se encontra o Brasil.
Estamos materializando um crescimento mais sólido, ainda que baixo e tal solidez vem da ausência do elemento ‘governo’ na conta ao eliminar o risco fiscal, elemento sempre presente nos famosos “voos de galinha” do PIB durante tantos anos.
É certo que o caminho ainda é longo e existe muito a ser feito, porém, a melhora da atividade econômica não é algo somente expressado em números, pois já saltam aos olhos a diferença do fluxo humano comparativamente aos anos anteriores, sejam em centros de consumo, transportes (aeroportos, estações rodoviárias e ferroviárias), estradas e locais de turismo.
O curto prazo é promissor ao Brasil, todavia as mudanças de longo prazo necessitam de planos ainda não apresentados pelo governo, como uma radical mudança na educação, com um plano nacional com foco no ensino básico; a reforma tributária ‘possível’, reforma administrativa e por fim, garantias jurídicas aos investidores estrangeiros, para evitar eventos como as elétricas em 2012.
O contexto é alentador para o Brasil e mais meia dúzia de países em 2020, porém demanda muito trabalho e seriedade.
A semana curta conta com IGP-M, onde projetamos um crescimento mensal de 2% advindo de impactos tanto no atacado, quanto no varejo e o desemprego, o qual deve contrair para 11,4%.
Nos EUA, os pedidos de bens duráveis são os dados mais relevantes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com baixo volume, já em ritmo de feriado.
Na Ásia, fechamento misto, após o corte pela China da tarifação de 850 produtos a partir de 1º de janeiro, de porco congelado a produtos tecnológicos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos a partir dos 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com a resistência dos US$ 60 em NY.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,065 / -0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,036%
Dólar / Yen : ¥ 109,34 / 0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,261%
Dólar Fut. (1 m) : 4060,14 / -0,09 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 6,06 % aa (2,36%)
DI - Janeiro 25: 6,72 % aa (2,44%)
DI - Janeiro 27: 7,06 % aa (2,32%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7144% / 115.131 pontos
Dow Jones: 0,4875% / 28.377 pontos
Nasdaq: 0,6738% / 8.887 pontos
Nikkei: -0,20% / 23.817 pontos
Hang Seng: 0,25% / 27.871 pontos
ASX 200: -0,25% / 6.816 pontos
ABERTURA
DAX: 0,214% / 13240,26 pontos
CAC 40: 0,088% / 5977,53 pontos
FTSE: 0,052% / 7577,72 pontos
Ibov. Fut.: 0,74% / 115728,00 pontos
S&P Fut.: -0,087% / 3208,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,003% / 8643,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 80,42 ptos
Petróleo WTI: -0,21% / $61,05
Petróleo Brent:-0,18% / $66,41
Ouro: -0,10% / $1.477,51
Minério de Ferro: 0,01% / $92,00
Soja: -0,45% / $15,56
Milho: 0,13% / $387,00
Café: 0,35% / $127,90
Açúcar: 0,22% / $13,57