Por Mariana Guimarães
Setembro começará com um cenário climático severo no Centro-Oeste, os estados enfrentarão uma drástica redução na umidade relativa do ar, que poderá ficar abaixo de 50,0%. As temperaturas devem ultrapassar os 28,0°C, agravando a seca e aumentando o risco de incêndios florestais. A escassez de chuva, com acumulados abaixo de 60mm, pode prejudicar as atividades agropecuárias.
No Nordeste, a situação não é menos preocupante. Bahia, Piauí e Pernambuco enfrentarão chuvas escassas e mal distribuídas, com acumulados que dificilmente ultrapassarão 50mm. A umidade relativa do ar será baixa, em torno de 50,0%, enquanto as temperaturas médias previstas superam os 28,0°C, criando um ambiente propício para a seca severa e para incêndios na vegetação. A agricultura de sequeiro, que depende das chuvas sazonais, será particularmente afetada, e as poucas chuvas na faixa litorânea não serão suficientes para aliviar a estiagem no interior.
A região Norte, tradicionalmente mais úmida, também sofrerá os efeitos da seca em setembro. Amazonas, Pará e Roraima terão chuvas concentradas no Oeste da região amazônica, enquanto o Leste continuará com precipitações abaixo do esperado. Apesar de a umidade relativa do ar ser maior que nas outras regiões, ainda estará abaixo dos níveis ideais em áreas no Pará e em Roraima, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 28,0°C, elevando o risco de queimadas e impactos negativos na saúde pública.
No Sudeste, após focos de incêndios, a seca será menos intensa, mas ainda preocupante. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentarão umidade relativa do ar reduzida, em torno de 60,0%, com temperaturas médias entre 22,0°C e 28,0°C. As chuvas se concentrarão nas áreas litorâneas, enquanto o interior permanecerá seco, com precipitações abaixo da média histórica.
O estado de São Paulo registrou, até 24 de agosto de 2024, o maior número de focos de incêndio da série histórica do Inpe, com 5.278 ocorrências, número sete vezes maior que o registrado no mesmo período do ano anterior.
A região Sul será uma exceção no cenário climático adverso de setembro. Com temperaturas médias mais baixas, especialmente nas áreas serranas da Serra Catarinense e Serra Gaúcha, onde as temperaturas podem ficar abaixo de 16,0°C, a umidade relativa do ar será mais alta, entre 70,0% e 80,0%. As chuvas, embora dentro da média histórica, podem não ser suficientes para reverter a seca nas áreas mais afetadas, mas ajudarão a manter a umidade do solo em níveis adequados para a agricultura.
Setembro será um mês de grandes desafios climáticos para grande parte do Brasil. O clima seco e quente, associado à redução da umidade relativa do ar e chuvas escassas, demandará atenção redobrada dos setores agrícola, de saúde pública e de gestão ambiental.
Semana movimentada para o mercado do boi gordo
Pelo quarto dia útil consecutivo, a cotação da arroba dos bovinos terminados sobe nas praças pecuárias paulistas.
As escalas de abates no estado vêm diminuindo gradativamente, com uma média, para a primeira semana de setembro, de sete a oito dias, reflexo da oferta enxuta de boiadas.
Diante desse cenário, o mercado abriu as compras ofertando mais R$5,00/@ para o “boi China” e para o boi gordo. Para as fêmeas, a alta foi de R$3,00/@. Em vista disso, com apenas três dias úteis em setembro, registra-se incrementos nos preços de 2,0% para o “boi China”, 2,1% para o boi gordo, 1,4% para a vaca e 2,2% para a novilha.
Com boiadas ofertadas, em sua maior parte oriundas de confinamento, vêm ocorrendo um estreitamento do ágio do “boi China” versus boi para o mercado interno.
Goiás
Nas praças goianas, o quadro é de alta para todas as categorias de bovinos, em decorrência das ofertas mais comedidas, e consequentemente, na redução das escalas de abate, que estavam, em média, para seis a sete dias.
Na região de Goiânia, aumento de R$5,00/@ para o boi, de R$1,00/@ para a vaca e de R$2,00/@ para a novilha.
Na região Sul, alta de R$5,00/@ para o boi, de R$2,00/@ para a vaca e de R$1,00/@ para a novilha.
A cotação do “boi China” apresentou adição de R$5,00/@ na comparação diária.
Alagoas
Na comparação diária, os preços permaneceram estáveis no estado.