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Brasil e os Juros Altos. Risco ou Oportunidade?

Publicado 03.07.2022, 12:17
Atualizado 09.07.2023, 07:32
No último mês, a taxa Selic chegou a 13,25% a.a. e alçou o país à condição de um dos maiores pagadores de juros do mundo. Hoje, estamos atrás apenas de Argentina e Turquia em termos nominais - que servem como referência para empréstimos, financiamentos e aplicações. Contudo, quando olhamos sob o aspecto da taxa real, ou seja, com a inflação descontada, somos os primeiros colocados. 
 
Esta foi a conclusão de um levantamento amplamente divulgado pela imprensa durante o último mês. De acordo com uma reportagem do Poder360, os rendimentos pagos pelo Brasil nos próximos 12 meses estão quase 4% acima do segundo colocado, o México. 
 
Isto chama a atenção uma vez que, historicamente, os juros reais por aqui costumam ficar abaixo ou igual a taxa básica. Atualmente, eles estão em 8,16% e, a título de comparação, negativos em 3% nos EUA. 
 
Este cenário se estabeleceu devido a uma antecipação de movimento do nosso Banco Central, que iniciou o ciclo de alta da Selic em março de 2021, antes de outros países.  
 
Hoje, por exemplo, existem títulos do Tesouro que pagam IPCA + 5,6%, acima da inflação. Há quatro ou cinco anos atrás, encontrar opções com retornos acima de 5% era muito mais difícil.  
 
Portanto, observar a taxa real é algo fundamental para o investidor, especialmente neste momento de elevação de preços em todo o mundo. 
 
Por outro lado, o Banco Central tem indicado o fim do ciclo de altas da Selic. Existe ainda alguma dúvida sobre esta questão uma vez que na Europa e nos Estados Unidos, as autoridades monetárias iniciaram este movimento de elevação das taxas recentemente. 
 
Por isso, muitos ainda acreditam em novas altas dos juros no Brasil além dos 13,25% atuais.  
 
E, ao que tudo indica, a inflação não deve recuar tão cedo.  
 
Em maio, por exemplo, o índice de preços ao consumidor da economia americana, o CPI, surpreendeu e voltou a acelerar, o que ajudou a pressionar ainda mais o resultado anual de 8,3% em abril para 8,6% em maio. 
 
Tanto que este movimento foi citado por Jerome Powell na coletiva de imprensa após a decisão de junho. O mercado, por sua vez, também acredita que este quadro deve perdurar durante algum tempo e isso exigirá uma resposta adequada do Federal Reserve (Fed). 
 
Por fim, para responder ao questionamento inicial deste artigo, eu diria que temos os dois fatores, riscos e oportunidades, postos à mesa. 
 
No Brasil, ainda que títulos do Tesouro estejam com taxas mais altas, novas elevações na Selic podem colocar a economia do país em risco de recessão. Contudo, este ajuste está, segundo diversos especialistas, condicionado ao cenário externo que segue conturbado, especialmente, com a Guerra na Ucrânia e os lockdowns na China. É esperar para ver. 
 
Do lado do investidor, a dica para conseguir os juros reais é buscar títulos de renda fixa indexados à inflação. Atualmente existem opções nos títulos públicos mas, principalmente, no crédito privado.
 
Bons negócios! 

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