TRIGO: Baixa oferta nacional deve elevar importação
O clima foi bastante desfavorável ao trigo no Brasil em 2015, e os resultados foram quebra na produção e forte diminuição do cereal de qualidade. Com isso, as importações brasileiras devem aumentar, principalmente da Argentina.
Já dos Estados Unidos, tanto o dólar elevado quanto a cobrança de tarifa de importação – não incidente nas compras de países do Mercosul – desestimulam o comércio. Ao mesmo tempo, diante da oferta limitada e também do dólar valorizado, os preços do grão nacional se mantêm firmes.
Segundo a Conab, a importação total pode ser de 5,75 milhões de toneladas entre agosto/15 e julho/16. Ao se somar aos estoques iniciais de 1,17 milhão de toneladas, resulta em disponibilidade interna de 12,46 milhões de toneladas
ETANOL: Chuva reduz oferta e eleva preço por mais uma semana
As chuvas ocorridas nas principais áreas produtoras na semana passada limitam a colheita de cana-de-açúcar. Como resultado, a oferta de etanol continua relativamente pequena, o que vem sustentando o movimento de alta dos preços tanto do hidratado como do anidro. Além disso, parte das usinas programou as vendas ao longo da temporada, seja por questões financeiras ou por capacidade de armazenamento.
Entre 11 e 15 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) foi de R$ 1,8607/litro (sem impostos), aumento de 4,1% em relação ao da semana anterior. Para o anidro, a alta foi de 3,2% em igual comparativo, com o Indicador da última semana a R$ 2,0789/litro (sem impostos).
A valorização da última semana também esteve relacionada à demanda que, até terça-feira, 12, vinha se mantendo aquecida. Além da reposição dos estoques comercializados no fim de 2015, distribuidoras optaram por adiantar algumas aquisições, temendo novos aumentos nas cotações. Já de quarta-feira em diante, a demanda diminuiu, mas os preços ofertados seguiram firmes.
AÇÚCAR: Indicador ultrapassa os R$ 84/sc
O movimento de alta nos preços do açúcar no mercado paulista segue firme. Segundo pesquisadores do Cepea, embora o ritmo de negócios envolvendo o cristal tenha diminuído um pouco na última semana, os valores registraram novas altas.
Representantes de usinas priorizaram a entrega de contratos, em especial os referentes ao açúcar Icumsa até 150, restringindo, assim, a oferta no spot. Nesse cenário, o preço do cristal atingiu a casa dos R$ 84,00/saca de 50 kg, o maior patamar em aproximadamente quatro anos – abaixo somente da média real de setembro/11, de R$ 86,02/saca de 50 kg – valores deflacionados pelo IGP-DI, base dezembro/15.
Na segunda-feira, 15, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal cor Icumsa entre 130 e 180, mercado paulista, fechou a R$ 84,58/saca de 50 kg, com alta de quase 3% na parcial de janeiro.