Efetivamente o Banco Central está instrumentalizado, sua autonomia foi corrompida e a sua credibilidade seriamente afetada.
Para já o único órgão do estado em matéria económica que inspirava confiança ruiu, caiu na teia do dogmatismo de esquerda da PT e perdeu a sua identidade e isenção.
O primeiro abalo no mercado financeiro foi com a saída de Levy, já esperada, pois as suas divergências com a presidente eram mais que evidentes. O desgaste já era elevado e não conseguia levar a cabo as suas medidas, como o ajuste fiscal mais intenso.
O segundo abalo foi a nomeação de Nelson Barbosa, surpreendente, mas alinhado com o governo e com isso o receio de continuidade do descontrole das contas públicas tornou-se mais evidente.
O terceiro abalo, isto em apenas pouco mais de um mês, a cedência do BC face as pressões do governo e da presidente.
Neste momento não sabemos em quem confiar, ou melhor não é possível confiar no governo e a confiança que tinha o BC perdeu-se, pelo menos até a próxima reunião do Copom ou será Copom-PT?
Estão a cometer-se os mesmos erros de sempre, erros típicos dos partidos socialistas e de esquerda.
A primeira reação do mercado foi a subida da cotação do dólar, ao invés de termos um possível alívio cambial com a subida da Taxa Selic, veio o abalo Copom-PT, e agora?
Não gosto e não tenho por hábito fazer futurologia, até porque defendo que o futuro é difícil, senão impossível de prever.
A postura do BC deveria ser de prudência, o aumento de 0,5 pp na taxa Selic até teria um impacto reduzido no mercado, estamos a falar de 0,5 pp numa taxa já elevada de 14,25 pp.
Este aumento seria irrisório, mas dava o sinal ao mercado que o BC é um órgão sério e independente, apesar da arrogância e prepotência da presidente dizer que o BC não é um órgão do estado independente.
Seriamente não sei, não consigo vislumbrar para além dos efeitos imediatos no mercado cambial, quanto ao restante vamos esperar pelos dados do primeiro trimestre para fazer uma avaliação séria e realista da atual situação económica do Brasil.
Um fato, este sim factível, é a desconfiança que agora impera sobre a cabeça de Tombini e do BC, e agora juntasse mais uma incerteza a tantas outras, como vai ser a atuação do BC após esta decisão do Copom.
Agora pode-se esperar e especular sobre tudo, desde a redução dos swaps, do controle da cotação do dólar, do controle da inflação, pois para já o BC encontrasse vendido ao governo PT.
O último bastião de alguma segurança no mercado financeiro, teve morte súbita, pelo menos para já, e espero que reveja a sua postura na próxima reunião do Copom e seja ressuscitado.
Aqui vou fazer alguma futurologia, será previsível, que mesmo o governo não queira, a taxa Selic terá de subir durante o ano de 2016, poderá é ter custos mais elevados do que tivesse sido em novembro de 2015 ou agora em janeiro de 2016, pois poderá ter que ter aumentos maiores do que seria necessário.
Vamos Ver!!!