A greve do Banco Central deve continuar, e com isso hoje pode ser que saia o Boletim Focus parcial, que está atrasado há mais de um mês. Dias 14 e 15 deste mês haverá o Copom. Parte das projeções de mercado do Focus é usada no modelo de inflação do BC, que guia a decisão da taxa Selic.
O dólar à vista fechou a semana cotado a R$ 4,7787. As moedas emergentes e o real ainda devem se beneficiar pela perspectiva de que a China, que reabriu, possa contribuir para melhora do crescimento mundial.
Nos EUA, o relatório de emprego mostra que a atividade americana está forte. Existe um temor grande de como o mercado pode reagir a esse choque de redução de estímulos nos Estados Unidos, que não tem precedente histórico.
Começa a perder força a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) adote uma pausa no processo de elevação de juros em setembro, após ter promovido duas altas consecutivas da taxa básica em 50 pontos-base (em junho e julho). O prolongamento da guerra na Ucrânia, que completou 100 dias e está no radar de todos os investidores, e as sanções ao óleo russo pela União Europeia mantêm os preços do petróleo em ascensão.
Estamos no período de silêncio dos dirigentes do Fed, que iniciou dia 4 e vai até dia 16. Na sexta-feira saem por lá os dados da inflação ao consumidor.
O que temos para analisar nesta semana, de agenda mais fraca aqui no Brasil, são dados de inflação que saem quinta e sexta, e o fluxo cambial para ver a entrada de valores por aqui.
Na Europa, quinta teremos a reunião de juros do Banco Central Europeu. Lá os juros estão negativos e a inflação está batendo recordes. Portanto, vamos ver se eles indicam que subirão a taxa de juros em julho…
Vamos acompanhando as notícias, a agenda política, dados de inflação e índices que comentei acima. Bons negócios e que a semana seja de lucros!