CENÁRIO POLÍTICO
Mesmo em menor intensidade, os protestos já incrementam o temor de “manchar” a imagem de diversos políticos, que se tentar se articular contra as medidas consideradas como um ataque ao judiciário e às procuradorias.
Como se mostrou mais aliviado por não ter sido alvo dos protestos do fim de semana, Temer se mostrou confortável para defender toda a equipe econômica, em especial Meirelles, o qual tem sofrido ataques tanto de Maia, quanto de Renan e de uma parcela dos senadores, os quais pedem medidas de estímulo econômico urgente.
Obviamente, os parlamentares tentam se desvencilhar da responsabilidade em aprovar as medidas de ajuste fiscal, aquelas necessárias para quaisquer outras medidas de estímulo e buscam na equipe econômica um bode expiatório para tentar compensar tanto as medidas de baixa popularidade na redução de gastos, quanto de controle das ações da Lava Jato.
CENÁRIO DE MERCADO
No dia da derrota do primeiro ministro italiano Matteo Renzi no referendo sobre as reformas, o mercado parece não ter tido uma leitura negativa do evento.
Apesar do fechamento negativo na Ásia, as bolsas na Europa e futuros em NY demonstram vigor na abertura, mesmo que neste contexto ainda haja a questão em aberto dos € 360 bi de créditos podres dos bancos italianos, nos quais uma recapitalização se torna ainda mais difícil.
O petróleo consegue ainda se manter um pouco mais firme acima dos US$ 50 o barril em NY e Londres, porém já há sinais dos produtores americanos de óleo de xisto de uma possível retomada da produção, caso o preço suba ainda mais e se estabilize acima dos US$ 55.
Neste contexto, o dólar se mostra mais forte ante as divisas centrais e o rendimento dos títulos do tesouro americano tem abertura fortemente positiva neste momento.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A semana que precede os indicadores de mercado de trabalho americano costumam ser muito menos intensas em termos de indicadores macroeconômicos, o que abre espaço para que, em momentos de maior turbulência política, a volatilidade se incremente.
O destaque para a semana fica por conta da inflação, com a divulgação do IGP-DI e do IPCA. Todavia, passada a decisão do COPOM na semana anterior, que para muitos deixou em aberto o próximo corte de juros, as atenções se voltam à ata da última reunião, a ser divulgada na quarta-feira (07/12).
No exterior, o PIB do Japão e da Zona do Euro se unem à decisão de juros na Zona do Euro, a qual agora deve contar com o componente da saída do primeiro ministro italiano e a desaprovação às reformas, o que devem incrementar os temores com o setor bancário.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,4769 / 0,36 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,272%
Dólar / Yen : ¥ 114,30 / 0,696%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,149%
Dólar Fut. (1 m) : 3499,30 / -0,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 12,24 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 11,92 % aa (0,08%)
DI - Janeiro 21: 12,34 % aa (0,65%)
DI - Janeiro 25: 12,60 % aa (0,64%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,36% / 60.316 pontos
Dow Jones: -0,11% / 19.170 pontos
Nasdaq: 0,09% / 5.256 pontos
Nikkei: -0,82% / 18.275 pontos
Hang Seng: -0,26% / 22.506 pontos
ASX 200: -0,80% / 5.400 pontos
ABERTURAS
DAX: 1,685% / 10690,45 pontos
CAC 40: 1,405% / 4592,44 pontos
FTSE: 0,821% / 6785,90 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 60547,00 pontos
S&P Fut.: 0,456% / 2202,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,596% / 4766,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,61% / 87,67 ptos
Petróleo WTI: 1,03% / $52,21
Petróleo Brent:1,30% / $55,17
Ouro: -1,03% / $1.165,31
Aço: 0,00% / $615,50
Soja: 0,00% / $19,72
Milho: 0,67% / $339,75
Café: -0,42% / $141,20
Açúcar: -0,31% / $19,01