ÁSIA: O sell-off nas bolsas asiáticas continuou nesta quinta-feira (20), seguindo um Wall Street pouco inspirador, terminando em baixa, após a minuta da última reunião do Federal Reserve mostrar que as condições para um aumento da taxa estão "próximas", fazendo com que os mercados questionassem sobre a possibilidade de um aperto da política monetária, no próximo mês. Em meio a melhora nos fundamentos econômicos, mas uma desvalorização brusca do yuan pelas autoridades chinesas, na semana passada, fizeram com que alguns observadores do mercado recuassem de suas projeções.
O referencial Shanghai Composite da China deslizou 3,39%, com a maioria dos setores recuando. Transportes, bancos e corretoras lideraram a baixa. Entre outros índices chineses, o CSI300 das blue-chips e Shenzhen Composite terminaram abaixo de 3,2% e 3%, respectivamente. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,77%, para uma baixa de oito meses, com Cathay Pacific e operadoras de cassinos recuando após divulgar seus balanços.
De acordo com analistas de mercado, o China Securities Finance Corporation (CSFC) continuou a comprar ações, ajudando assim os índices de ações a recuperar parte das perdas, mas não foram suficientes para sustentar a confiança dos investidores.
S&P/ASX 200 da Austrália caiu 1,70% e fechou em seu nível mais baixo desde 23 de janeiro, com a fraqueza dos metais e preços do petróleo exercendo pressão sobre empresas de recursos e energia.
A produtora de cobre Oz Minerals caiu 2,4%, enquanto mineradoras maiores como BHP Billiton e Rio Tinto (LONDON:RIO) despencaram 3,1% e 2,5%. Santos e Woodside Petroleum recuaram 7,1% e 3,6%, respectivamente. Enquanto isso, bancos também terminaram no vermelho. Commonwealth Bank of Australia liderou as perdas com uma baixa de 2,7%.
Entre as empresas que divulgaram seus balanços, Qantas Airways anunciou o retorno ao lucro anual, após um programa de corte de custos e baixa nos preços de combustível, no entanto, as ações do canguru voador apagaram os ganhos iniciais e fecharam em baixa de 6,1%.
Nikkei do Japão ampliou as perdas perto do fim do pregão para terminar em seu menor níve desde 13 de julho. Papéis relacionados a commodities foram agredidos. Inpex e JX Holdings caíram mais de 2% cada, enquanto Showa Shell Sekiyu recuou 1,6%.
As siderúrgicas tiveram um desempenho inferior, após um diário de negócios informar que a Toyota Motor e seus fornecedores de chapas de aço estão negociando um corte de preços entre abril e setembro. JFE Holdings, Nisshin Steel e Japan Steelworks caíram entre 1,5 e 4,2%.
Exportadores blue-chips também recuaram, com o iene ganhando terreno contra o dólar americano, ferido pela minuta da reunião do Federal Reserve. Sony e Canon perderam mais de 3% cada, enquanto a Toyota Motor recuou 2%.
EUROPA: Mercados europeus recuam, com investidores digerindo a última minuta do Federal Reserve dos EUA e as contínuas preocupações com o crescimento da China. O pan-europeu Stoxx 600 é negociado com queda de mais de 1%.
A saga grega, que tem dominado os noticiários europeus nos últimos meses diminuiu seu fator de risco, após o parlamento alemão aprovar o mais recente acordo de resgate. Apesar disso, o mercado de ações grego cai mais de 2,3%, pressionado por bancos. Eurobank Ergasias cai mais de 10%, enquanto o Banco Nacional da Grécia e o Bank of Piraeus recuam mais de 7%.
No Reino Unido o FTSE 100 recua, colocando o referencial de Londres a caminho da oitava queda consecutiva, marcando a mais longa sequência de queda do índice desde novembro de 2011.
As vendas no varejo britânico subiram 0,1% em julho, em relação ao mês anterior, ajudadas pelas vendas de aparelhos eletrodomésticos e outros bens de consumo. Analistas consultados pela FactSet esperavam um aumento de 0,4%. Varejistas respondem positivamente. Marks & Spencer e Kingfisher (LONDON:KGF) avançam 0,10% cada.
Ações de energia recuam seguindo os preços do petróleo, que perdem valor devido aumento nos estoques de petróleo dos EUA, preocupações contínuas sobre excesso de oferta e com as perspectivas da China. A produtora BG Group (LONDON:BG) cai 0,86%, a BP recua 0,30% e Royal Dutch Shell perde 0,09%.
Em Londres, o grupo de materiais básicos é o único setor que avança com ações de empresas mineradoras encontrando algum alívio depois das fortes baixas nas últimas sessões. Anglo American (LONDON:AAL) e Fresnillo (LONDON:FRES) avançam 3,81% e 3,40%, respectivamente. As gigantes BHP Billiton e Rio Tinto sobem 1,96% e 1,79%.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
11h00 - Existing Home Sales (mede as vendas de casas usadas no país);
11h00 - Philly Fed Manufacturing Index (indicador responsável por mensurar a atividade industrial no estado);
12h00 - CB Leading Index (ou Índice de Indicadores Antecedentes, relatório que compreende 10 índices já divulgados no país e que resumem a situação da economia americana e servem como prévia para o desempenho da economia);
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:
ÁSIA
Nikkei: -0,94%
Austrália: -1,70%
Shanghai: -3,39%
Hong Kong: -1,77%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,83%
London - FTSE: -0,39%
Paris CAC: -0,94%
IBEX 35: -0,73%
FTSE MIB: -11,%
COMMODITIES
BRENT: -1,51%
WTI: -1,45%
OURO: +0,96%
COBRE: +1,25%
SOJA: -0,53%
ALGODÃO: -0,09%
ÍNDICES FUTUROS
DOW: -0,65%
SP500: -0,62%
NASDAQ: -062%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.