ÁSIA: Bolsas da Ásia terminaram em território negativo nesta segunda-feira, mesmo após o banco central da China, pela segunda vez em dois meses, reduzir o coeficiente de reservas obrigatórias (RRR) para todos os bancos no final de semana, visando estimular o crédito bancário.
Oscilando entre ganhos e perdas, o Shanghai Composite da China renovou mais uma alta em 4.356 pontos no início do dia, mas fechou em queda de 1,61%. Bancos recuaram; Banco Agrícola da China recuou 2%, enquanto a maior instituição financeira do continente, o Banco Industrial e Comercial da China, e China Construction Bank perderam 3,7 e 4,7%. As corretoras também recuaram; China Merchants Securities e Founder Securities mergulharam 6,7 e 5,5%.
Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 2,02%, postando a maior perda em quatro meses, com preocupações com as novas regras da China para reduzir a margem de negociação e aumentar as vendas a descoberto neutralizando a última jogada do banco central para afrouxar a política monetária e estimular o crescimento econômico.
Nikkei do Japão caiu 0,09%, após uma sessão agitada na sexta-feira, quando as bolsas mundiais assimilavam o impacto da medida de flexibilização da China. Montadoras como a Honda perdeu 1,2%, enquanto Toyota Motor e Suzuki Motor registrou perdas de 0,4%. Nissan subiu 1,1%. Panasonic saltou de 2% após informar que seu lucro líquido provável subirá 70%, cerca de 200 bilhões de ienes.
S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,76%, uma baixa de três semanas, pesado pelos setores de petróleo e bancos. National Australia Bank caiu mais de 1%. Grandes mineradoras fecharam sem direção, apesar do movimento chinês para estimular a concessão de empréstimos no fim de semana; Fortescue Metals ganhou 1%, mas Rio Tinto (LONDON:RIO) e BHP Billiton caíram 0,8 e 0,5%, atoladas nas preocupações com a queda nos preços do minério de ferro.
Arrium caiu 11,8% depois de revelar que estava perdendo dinheiro a cada tonelada de minério de ferro exportado e que seu negócio de aço estava tendo um momento difícil, bem como a BlueScope que ficou entre os piores do dia.
Evolução Mining fechou 1,6% após a notícia de que a produtora de ouro comprará ativos da La Mancha Resources.
EUROPA: As bolsas europeias se recuperam de uma onda de vendas no final da semana passada, depois que a China adicionou medidas para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo. O banco central da China reduziu a quantidade de depósito dos bancos comerciais, em um movimento que libera cerca de US$ 200 bilhões para empréstimos.
O Stoxx Europe 600 sobe 0,65%, com todos os setores em movimento superior. As ações das mineradoras, que têm uma forte exposição à China, lideram os ganhos. A produtora de minério de ferro Anglo American (LONDON:AAL) sobe 2,78%, Glencore (LONDON:GLEN) avança 1,81% e a sueca Boliden ganha 3,58%. Pesos pesados como BHP Billiton e Rio Tinto avançam 1,45% e 1,88% respectivamente e ajudam o FTSE 100 nos primeiros negócios.
As ações da montadora alemã BMW sobem 1,8%, as da francesa Peugeot adicionam 0,43% e Renault recua 0,11%. Os índices DAX 30 da Alemanha e CAC 40 da França avançam.
Grécia, por sua vez, manteve-se em foco. O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, disse neste sábado que o país está ficando sem dinheiro, que poderia não cumprir com suas obrigações e potencialmente deixará a zona do euro, mas que o destino da Grécia continua "nas mãos do governo grego."
Enquanto isso, o ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis disse no domingo que se a Grécia sair da zona euro, haveria um efeito de contágio inevitável no resto da região.
O grupo de ministros das Finanças do euro deve se reunir em 24 de abril para discutir reformas gregas em troca de ajuda, mas alguns como o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, são céticos sobre se a reunião fechará alguma solução.
Enquanto isso, os títulos gregos estendem as perdas, com o mercado de capitais cada vez mais preocupado com o governo grego, que sem dinheiro, não chegará a um acordo com seus credores, o que poderia fazer o país a sair do euro. O Eurogrupo dos ministros das finanças da zona do euro se reunirá sexta-feira, mas poucos esperam grandes avanços com a situação da dívida.
O rendimento das notas gregas de 2 anos subiu 6 pontos base para 26,9% e o rendimento da dívida de 3 anos aumentou 2 pontos base para 18,6%. Os títulos de dez anos rendeu 12,8%, um aumento de 1 ponto base, no entanto, Athex Composite sobe 1,48%. O índice caiu de 10% neste ano.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
Não está prevista a divulgação de indicadores importantes;
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:
ÁSIA
Nikkei: -0,09%
Austrália: -0,76%
Shanghai Composite: -1,61%
Hong Kong: -2,02%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +1,15%
London - FTSE: +0,69%
Paris CAC +0,52%
IBEX 35: +0,15%
FTSE MIB: +0,62%
COMMODITIES
BRENT: +0,32%
WTI: +0,65%
OURO: +0,07%
COBRE: -0,25%
SOJA: +0,49%
ALGODÃO: +0,35%
ÍNDICES FUTUROS
DOW: +0,53%
SP500: +0,51%
NASDAQ: +0,42%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.