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Bolsas em queda: o investidor deve se preocupar?

Publicado 06.10.2023, 15:25
Atualizado 09.07.2023, 07:32
IBOV
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Nos últimos dias, vimos os mercados entrarem em uma onda negativa e isso colocou um certo grau de dúvida e anseios em alguns investidores. Tentar explicar este movimento no detalhe seria loucura, mas podemos olhar para o todo e elencar alguns pontos de atenção. 

No Brasil, entre os dias 20 de setembro, data do último anúncio da Selic, e 6 de outubro, vimos uma queda de 5,37% do Ibovespa, que saiu  de 118 mil para cerca de 112 mil. 

Se buscarmos um recorte de período maior, ao olharmos o comportamento do índice de julho até outubro, são quase 9% de queda. 

Nos Estados Unidos, que também tem adotado uma política monetária mais restritiva, vimos um movimento bastante parecido. 

O S&P, do período que compreende 20 de setembro até o início de outubro, são quase 4% de queda. Vale lembrar que a decisão de juros do Federal Reserve ocorreu no mesmo dia em que o Banco Central do Brasil definiu a taxa básica por aqui. 

Além disso, falas de Jerome Powell, consideradas mais duras por agentes de mercado, acabaram criando aversão a risco com peso sobre países emergentes. 

Em paralelo ao cenário traçado acima, temos uma queda da atividade na China, que antes ajudava a equilibrar a desaceleração nas principais economias do mundo. 

Estímulos foram feitos, mas a recuperação econômica do país, de acordo com alguns economistas, ainda não se consolidou no pós-pandemia com demanda interna insuficiente, incertezas externas e pressões sobre o mercado de trabalho. 

Sobre as perspectivas, muitas questões ainda estão em aberto.

Algumas projeções já começam a considerar uma recessão nos Estados Unidos em 2024 e não em 2023 como previam alguns especialistas. 

As falas do CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, sobre o mundo não estar preparado para taxas referenciais do FED de 7%, também chamaram atenção. 

De acordo com o executivo, os juros podem ser ainda mais elevados pela autoridade monetária norte-americana caso seja necessário, em contraste com a visão de consenso de que o ciclo de aperto se encerrará em 5,5%, o maior nível em mais de 20 anos. 

É esperar para ver.

Do lado do investidor, é interessante olhar para os indicadores de inflação nos Estados Unidos, ainda que boa parte dos ativos estejam alocados no Brasil.

Isto porque, a depender das próximas decisões do FED, novas quedas da Selic podem ter seu ritmo diminuído e afetar o mercado por aqui. 

Portanto, a dica é ter cautela neste momento.

Trata-se de um momento de virada nos mercados, com várias classes de ativos além das ações, sendo afetadas. Em alguns casos, criam-se oportunidades, mas esses movimentos também podem machucar. 

A diversificação, como eu costumo enfatizar neste espaço, é, sem dúvidas, o caminho para aproveitar esses momentos e também para se defender de eventuais problemas. 

Pense nisso!

Até a próxima!

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