CENÁRIO DE MERCADO
A questão política não foi o suficiente para influenciar o mercado na sessão de ontem, o qual parece manter uma relativa grande “gordura” para queimar, em caso de recrudescimento da situação atual. A bolsa local subiu consistentemente e o dólar caiu, demonstrando que a possibilidade de não aprovação da PEC 55 parece não estar nas contas dos investidores, porém ela é real e imponderável neste momento.
No exterior, as bolsas americanas continuam a colecionar recordes, mesmo em vista a um cenário de dúvida quanto aos movimentos de Donald Trump, principalmente os mais recentes, que deixaram preocupados até mesmo os republicanos.
Na Europa, mais um dia de abertura positiva na expectativa do início da reunião do BCE (Banco Central Europeu) e novos possíveis estímulos econômicos, enquanto a Ásia fechou positiva com as ações da SoftBank, após o anúncio de Trump de um aporte bilionário da empresa nos EUA.
O petróleo continua “travado” na atual faixa, com as dúvidas da capacidade da OPEP e da Rússia em avançarem com o corte de produção anunciado.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
O resultado da produtividade de mão de obra nos EUA ontem, a maior em 2 anos e demonstrando um crescimento consistente do setor passou quase despercebido pelos investidores locais, principalmente com a valorização do Real frente ao dólar.
Este indicador mostra que há uma certeza firmada na elevação de juros na reunião do FOMC que se avizinha, porém com as mesmas dúvidas levantadas na ata do COPOM sobre os efeitos da presidência de Trump sobre os ativos e à inflação.
Os indicadores brasileiros de inflação e atividade econômica estão no ponto exato para uma aceleração do afrouxamento monetário e já demandariam um movimento em 2017, como explicitado na ata, porém o novo contexto político põe dúvidas sobre o processo, apesar de sua premência.
CENÁRIO POLÍTICO
O movimento promovido pelo senado de não acatar a decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello agrava ainda mais a crise institucional em que o Brasil mergulha, às vésperas da votação da PEC 55 no dia 13 de dezembro.
Tanto o pedido de retirada do Renan da presidência sem passar pelo plenário do STF, quanto a recusa do senado demonstram atropelos na constituição e elevam a tendência de um contexto político ainda mais agitado para este final de ano.
Por traz disso tudo, continua uma briga de braço contra perdas de privilégios, de poderes, entre os gastos do STF, avanços da Lava Jato, autopreservação do congresso e o próprio processo de impeachment.
Como sempre, em política, o nível de previsibilidade beira o zero.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,41 / -0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,028%
Dólar / Yen : ¥ 113,92 / -0,088%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,757%
Dólar Fut. (1 m) : 3437,48 / -0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 11,96 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 11,59 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 21: 12,06 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 25: 12,36 % aa (0,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,10% / 61.088 pontos
Dow Jones: 0,18% / 19.252 pontos
Nasdaq: 0,45% / 5.333 pontos
Nikkei: 0,74% / 18.497 pontos
Hang Seng: 0,55% / 22.801 pontos
ASX 200: 0,91% / 5.478 pontos
ABERTURAS
DAX: 1,338% / 10919,46 pontos
CAC 40: 0,966% / 4676,70 pontos
FTSE: 1,356% / 6871,80 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 61275,00 pontos
S&P Fut.: 0,054% / 2211,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,052% / 4789,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,03% / 88,19 ptos
Petróleo WTI: 0,29% / $51,08
Petróleo Brent:0,28% / $54,08
Ouro: 0,24% / $1.172,69
Aço: 0,00% / $615,50
Soja: 0,45% / $20,02
Milho: -0,71% / $348,50
Café: -1,60% / $139,40
Açúcar: 0,41% / $19,62