Na sexta-feira, o mercado teve um dia de glória para ativos de risco. O índice Ibovespa fechou acima de 125.500 pontos, fazendo a nova máxima histórica na bolsa.
A alta coincidiu com a máxima recente do índice de commodities em dólares, que também atingiu um ponto ainda mais alto na sexta-feira:
Para um país como o nosso, grande exportador de commodities e com gigantes do setor representados na bolsa, o preço desses ativos influencia bastante nossas empresas.
Um estudo do Banco Mundial mostra que a alta nos preços das commodities de alimentos está impactando fortemente os países emergentes, cuja população tem um alto percentual do item em sua cesta de consumo.
Essa alta não só prejudica o índice de inflação e preocupa os Bancos Centrais, como também causa um problema social nesses países.
Segundo o índice, passamos a alta de preços de 2011 e estamos rumando para a maior alta desde 2007/2008:
Outro grupo de commodities que preocupa muito o mercado é o metálico. Esse grupo é muito sensível a investimentos em infraestrutura (como o minério de ferro) e tecnologia (como o cobre). Os planos de investimentos em infraestrutura dos EUA, juntamente com a tendência mundial de uma economia verde (carros elétricos) puxaram os preços dos metais.
Segundo um estudo da Bloomberg (no qual eles não explicam o modelo), a alta nos preços das commodities não teve como principal causa o descasamento entre oferta e demanda, mas sim o que ele chamou de especulação.
Bom, o que ele chama de especulação, eu chamo de "mercado antecipando os pacotes trilionários de infraestrutura anunciados por Biden".
Enquanto a cadeia de alimentos é mais flexível e mais rápida em corrigir descasamentos de oferta e demanda, as commodities metálicas têm um movimento mais persistente por ser mais difícil de aumentar rapidamente a produção.
O fato é que nessa o nosso Brasilzão se deu muito bem!
Nada como um superciclo de commodities para alegrar a nossa vida e as nossas carteiras, não é mesmo?