BOI: Movimento de queda dos preços continua; exportações diminuem
O mercado de boi gordo registrou poucos negócios nos últimos dias. Entre 27 de julho e 3 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo cedeu 1,6%, fechando a R$ 151,82 nessa quarta-feira, 3. Segundo colaboradores do Cepea, a oferta de animais para abate não tem sido muito expressiva, o que limita quedas mais intensas. No mercado atacadista da Grande São Paulo, o movimento de queda nos preços continua.
De 27 de julho a 3 de agosto, o traseiro se desvalorizou 2,5%, fechando a R$ 10,20/kg na quarta, 3. Já o dianteiro teve ligeira valorização de 0,36%, a R$ 8,27/kg na quarta. A média da ponta de agulha caiu 1,3%, a R$ 8,24/kg no dia 3. Com isso, a carcaça bovina se desvalorizou 1,4%, fechando a R$ 9,19/kg. O volume de carne bovina in natura exportada também diminuiu em julho. No mês, foram embarcadas 82,2 mil toneladas, queda de 15,6% frente a junho/16 e o menor volume desde março de 2015. Ainda assim, no acumulado parcial deste ano (de janeiro a julho), a quantidade embarcada totaliza 655,6 mil toneladas, 12,8% acima do volume do mesmo período de 2015.
SUÍNOS: Menor oferta impulsiona valores do vivo e da carne
De 27 de julho a 3 de agosto, os preços do suíno vivo e da carne subiram, influenciados pela oferta reduzida. Segundo pesquisadores do Cepea, produtores e indústrias ajustaram o volume de produção nos últimos meses, visando “driblar” os elevados custos de produção e evitar prejuízos ainda maiores. Além disso, o aumento pontual na demanda interna e as exportações em patamares recordes (apesar do recuo de 2% em julho) também sustentam a alta nas cotações.
As maiores valorizações do animal vivo foram observadas em São Paulo e em Santa Catarina, de 10,6% e de 8,7%, respectivamente. Nesses estados, o suíno vivo posto no frigorifico foi comercializado a R$ 3,82/kg e a R$ 3,40/kg na última quarta-feira, 3. Para as carcaças, as altas também foram significativas. No mercado atacadista da Grande São Paulo, a carcaça especial foi comercializada a R$ 6,12/kg na quarta, forte valorização de 14,9% na semana. A carcaça comum se valorizou 8,1%, com o produto negociado a R$ 5,59/kg também na quarta.
CAFÉ: Liquidez de arábica é baixa; robusta segue em alta
As negociações de café arábica estão calmas nesta semana, com produtores focados na colheita. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, avançou 0,2% de 27 de julho a 3 de agosto, fechando a R$ 486,70/saca de 60 kg na quarta-feira, 3. O clima segue favorecendo a colheita da variedade em todas as regiões produtoras e, até o final de julho, segundo colaboradores do Cepea, 60% da produção esperada para a safra 2016/17 já havia sido colhida.
Apesar desse cenário, muitos produtores têm optado por negociar o grão de qualidade inferior, que está com preço mais atrativo. Muitas torrefadoras nacionais, inclusive, entram no mercado buscando café arábica de menor qualidade, já que a oferta de robusta é baixa – produtores seguem retraídos, impulsionando ainda mais os preços da variedade. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, subiu 0,6%, a R$ 421,26/saca de 60 kg nessa quarta, 3.