Boi: Liquidez é Baixa no Mercado Interno; Exportação Pode Crescer
As negociações envolvendo boi gordo estão lentas neste início de 2017. A entrada e saída de operadores do mercado conforme necessidade de compra ou venda têm resultado em pequenas oscilações diárias nos preços. Nessa quarta-feira, 11, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo, à vista) fechou a R$ 149,50, estável na parcial de janeiro (de 29 de dezembro a 11 de janeiro). Quanto ao mercado internacional, a menor produção na Austrália neste ano pode favorecer as exportações brasileiras em 2017, especialmente à China – 10% dos embarques de carne australiana tiveram como destino a China em 2016. No ano passado, o Real mais valorizado e a diminuição na demanda de alguns países limitaram os embarques brasileiros da carne. Segundo dados da Secex, foram 1,076 milhão de toneladas de carne in natura exportadas pelo Brasil em 2016, volume 0,3% inferior ao de 2015.
SUÍNOS: COTAÇÕES DO VIVO E DA CARNE INICIAM ANO EM QUEDA
As cotações do suíno vivo e da carne apresentam forte queda no mercado interno neste início de ano, devido ao fraco ritmo de vendas. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína se desvalorizou 8,6% entre 29 de dezembro e 11 de janeiro, com negócios na média de R$ 6,64/kg nessa quarta-feira, 11. O preço da carcaça comum recuou 8,3% no mesmo período, passando para R$ 6,20/kg. Segundo colaboradores do Cepea, mesmo que a oferta de animais esteja relativamente enxuta, com animais mais leves nas granjas, frigoríficos também têm pressionado os valores pagos ao produtor independente, alegando dificuldade de venda da carne. Na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço caiu 7,5% na parcial de janeiro, com o quilo do animal passando para a média de R$ 4,23 no dia 11.