O mercado de boi gordo está lento neste início de ano. A estabilidade de preços da carne bovina neste mês reflete a combinação de demanda enfraquecida dos consumidores, que reduz o interesse de compra das indústrias, com baixa oferta de animais para abate. Conforme pesquisadores do Cepea, alguns frigoríficos têm tentado pressionar as cotações sem muito sucesso; outros, inclusive, reduziram escalas de abate. Produtores, por sua vez, têm conseguido “segurar” os animais no pasto, mantendo o mercado estável. Nessa quarta-feira, 18, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo, à vista) fechou a R$ 148,75, ligeira queda de 0,48% na parcial do mês (de 29 de dezembro a 18 de janeiro).
SUÍNOS/CEPEA: PREÇOS SEGUEM EM QUEDA, MAS PODER DE COMPRA DO PRODUTOR AUMENTA
As cotações do suíno vivo e da carne continuam em queda. Apesar da oferta de animais para abate estar relativamente baixa, a demanda enfraquecida tem pressionado os valores. Nessa quarta-feira, 18, o preço do suíno vivo fechou a R$ 4,07/kg na região SP-5, valor 11% menor na parcial do mês. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína acumula queda de 10,8% no mesmo período, a R$ 6,49/kg nessa quarta-feira. A carcaça comum recuou 11%, negociada a R$ 6,01/kg. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar das quedas nas cotações da carne e do animal, as baixas acumuladas nos valores do milho e do farelo de soja têm sido mais acentuadas, aumentando o poder de compra de suinocultores frente a esses insumos neste início de ano.