Em junho, o volume de carne bovina in natura exportado pelo Brasil foi de apenas 54,4 mil toneladas, o mais baixo desde janeiro/11, de acordo com dados da Secex. O preço recebido em Reais pela tonelada da carne brasileira, no entanto, superou os R$ 19 mil no mês passado, um recorde, o que, por sua vez, amenizou a queda na receita total de junho. De acordo com pesquisadores do Cepea, a baixa quantidade de carne embarcada no mês passado pode estar atrelada à greve dos caminhoneiros no final de maio, que impediu que cargas saíssem dos frigoríficos e entrassem nos portos. Além disso, o preço da tonelada da carne brasileira em patamar recorde também pode ter limitado as compras por parte de alguns países, já que reduz a competitividade da proteína nacional. Quanto ao mercado interno, valores bastante dispersos têm sido relatados no mercado de animais para abate neste início de julho, refletindo a efetivação de negócios diferenciados. Entre 27 de junho e 4 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo subiu 0,17%, a R$ 139,50 nessa quarta-feira, 4.
SUÍNOS: COTAÇÕES SÃO PRESSIONADAS POR FRACAS DEMANDAS INTERNA E EXTERNA
Os preços mais altos registrados na primeira quinzena de junho em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea esbarraram em demandas interna e externa enfraquecidas. Com a menor procura, a liquidez nos mercados de suíno vivo e de carne diminuiu, resultando em quedas nos preços do animal e da proteína neste início de julho. Agentes do setor consultados pelo Cepea relatam que o baixo ritmo de negócios é ainda reforçado em dias de jogo do Brasil na Copa do Mundo. Quanto às exportações de carne suína in natura, em junho, registraram os menores volume e receita desde fevereiro de 2015, somando, respectivamente, apenas 29,8 mil toneladas e US$ 58 milhões, de acordo com a Secex. O volume está 27,5% abaixo do verificado em maio/18 e 38,9% inferior ao de junho/17. Em relação à receita, as quedas são de 30,5% e de 59%, respectivamente.
TOMATE: PREÇOS SEGUEM EM QUEDA EM TODO O PAÍS
Segundo pesquisas do Cepea, os preços do tomate salada longa vida seguem em queda em todo o País, devido à oferta elevada da safra de inverno e ao período de final de mês. Entre 25 e 29 de junho, o 3A foi comercializado no atacado de Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte a R$ 24,17/cx de 20 kg, R$ 26,05/cx, R$ 21,84/cx e R$ 24,87/cx, respectivamente, baixas de 22,32%, 20,08%, 18,42% e 4,62% na mesma ordem. No dia 29, especificamente, as cotações começaram a dar sinais de aumento, e, segundo colaboradores do Cepea, devem reagir a partir desta semana, uma vez que grande parte das pencas das lavouras em safra já foi colhida e a maturação para as próximas semanas deve ser mais gradual em regiões como Mogi Guaçu (SP) e Araguari (MG).