Dados divulgados pelo IBGE nesta semana confirmam a tendência que já vinha sendo observada até o terceiro trimestre do ano passado, de aumento no volume de abate de animais no Brasil. De janeiro a dezembro de 2018, foram abatidas 31,4 milhões de cabeças de animais, número 3,16% superior ao do ano anterior, 7,2% maior que o de 2016 e 3,88% acima do de 2015. Já se comparado ao volume de 2014, a quantidade abatida em 2018 é 6,09% inferior. Esses números mostram uma recuperação do volume de animais abatidos depois de uma redução de rebanho e de produtividade entre 2013 e 2014, quando uma forte seca atingiu o Centro-Sul do País.
Esse cenário, por sua vez, elevou as cotações do boi gordo naquele período, o que levou muitos produtores consultados pelo Cepea a realizarem investimentos no setor nos anos seguintes – tanto em tecnologia quanto em pastagem e genética –, o que, por sua vez, resultou em aumento no rebanho e da produtividade nacional nestes últimos anos. Quanto ao mercado da semana, de acordo com levantamento do Cepea, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa recuou 0,52% de 6 a 13 de fevereiro, fechando em R$ 151,50 na quarta-feira, 13.
SUÍNOS: AUMENTO NA DEMANDA E MENOR VOLUME DE ABATE IMPULSIONAM COTAÇÃO
Após registrar baixo desempenho na primeira semana de fevereiro, as negociações envolvendo o suíno vivo e a carne voltaram a se aquecer na segunda semana deste mês. De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o número de animais para abate está menor, o que, associado à maior procura pela proteína suína, tem resultado em recuperação nos preços. O ajuste entre oferta e demanda refletiu de modo mais significativo nas carcaças e, posteriormente, no suíno vivo. Já para os cortes, a recuperação nos preços está mais lenta. Em relação à exportação, depois de apresentar forte queda de 12% no volume de carne in natura exportado em janeiro frente ao mês anterior, as vendas externas estão mais aquecidas neste começo de fevereiro. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nos primeiros seis dias úteis deste mês, as exportações registram média diária de 2,8 mil toneladas, quantidade 50% maior que a média de 1,9 mil toneladas de janeiro.
CEBOLA: COTAÇÕES CAEM NO SUL DO PAÍS
As cotações da cebola caíram no Sul do País, devido ao aumento da oferta de cebolas com qualidade abaixo da média. Vale ressaltar que em Ituporanga e Lebon Régis (SC), a incidência de bico d’água, camisa d´água e carvão continuam frequentes. As altas umidade e temperatura são os motivos da perda de qualidade, tanto para as cebolas que ainda estão nas roças quanto para aquelas armazenadas. Em Santa Catarina, ainda restam cerca de 50% do volume a ser comercializado. Já em Irati (PR) e São José Do Norte (RS), as comercializações estão chegando ao fim, restando apenas cerca de 10% a 15% da safra.