A média das cotações da arroba subiu em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com informações do Cepea. O Indicador do boi gordo ESALQ/B3 (mercado paulista, à vista) teve média de R$ 153,12, 2,11% acima da registrada em junho. Com a demanda doméstica ainda fragilizada pelo baixo poder de compra da população, o suporte aos preços internos segue vindo do bom desempenho das exportações brasileiras de carne bovina. Além disso, o volume de oferta de animais prontos para abate tem sido regulado, favorecendo a sustentação dos preços da arroba em julho, mesmo com escalas de abate relativamente confortáveis.
SUÍNOS: APESAR DE RECUO DO VIVO, PODER DE COMPRA AUMENTA
Em julho, as cotações do suíno vivo registraram movimento de baixa, segundo informações do Cepea. A retração gradativa nos valores pagos pelo animal vivo esteve relacionada, dentre outros fatores, ao menor ritmo de compras por parte das indústrias, principalmente as que exportam. Apesar disso, a média do mês ainda supera a de junho. Com as quedas nos preços de milho e farelo de soja, o poder de compra do suinocultor melhorou nas regiões SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e Oeste Catarinense. Segundo a Equipe de Grãos do Cepea, a baixa nos preços do milho se deve ao avanço da colheita da segunda safra, o que aumenta a disponibilidade do produto no País. Para o farelo de soja, as negociações estiveram mais lentas, pois os compradores que adquirem grandes volumes estavam abastecidos e, em alguns casos, o insumo está sendo substituído por farelo de algodão e polpa cítrica.
MELANCIA: MESMO COM CLIMA MAIS FIRME, DEMANDA NÃO REAGE
Apesar do aumento na temperatura no estado de São Paulo nos últimos dias, a demanda pela melancia não se elevou, e os preços seguem em queda, segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea. A fruta graúda (>12 kg) no Tocantins foi comercializada a R$ 0,36/kg entre 22 e 26 de julho, queda de 10,4% frente ao período anterior, enquanto em Goiás, a média foi de R$ 0,41/kg, 5,3% inferior. Agentes relataram melhor qualidade na melancia tocantinense, que tem tido melhor escoamento, enquanto a fruta de Goiás está com a casca mais grossa, devido ao maior tempo exposta ao frio. Para as próximas semanas, espera-se que as possíveis maiores temperaturas em agosto, aliadas ao período de volta às aulas, aumentem a demanda por melancia, o que pode limitar as baixas.