A escalada nas exportações brasileiras de carne bovina aos Estados Unidos vem surpreendendo o setor pecuário nacional. O país, inclusive, já se configura como o 3º maior destino da proteína brasileira, atrás apenas da China e de Hong Kong, superando a posição que vinha sendo ocupada pelo Chile. De acordo com pesquisadores do Cepea, além de alguns frigoríficos brasileiros terem sido habilitados para exportar carne aos EUA no ano passado, o Real desvalorizado frente ao dólar deixa a carne nacional bastante competitiva e atrativa aos norte-americanos. Um outro motivo que pode estar direcionando a demanda dos Estados Unidos ao Brasil seria o baixo número de rebanhos na Austrália, forte player internacional. De acordo com dados da Secex, em junho, o Brasil enviou aos EUA 8,78 mil toneladas de proteína bovina, 17,9% a menos do que o embarcado em maio – quando, é válido ressaltar, as vendas ao país atingiram recorde mensal de 10,7 mil toneladas –, mas 18,2% acima da quantidade registrada em junho do ano passado (Secex). De janeiro a junho de 2021, os envios de carne bovina aos Estados Unidos somaram 42,48 mil toneladas, um recorde, mais que o dobro do volume exportado na primeira metade de 2020 (de 20,1 mil toneladas) e bem acima das 16,9 mil toneladas do mesmo período de 2019.
SUÍNOS: QUEDA NO PREÇO DO SUÍNO REDUZ PODER DE COMPRA DO PRODUTOR
A forte desvalorização do suíno vivo no mercado independente no início de julho reduziu o poder de compra dos produtores frente aos principais insumos consumidos na atividade: milho e farelo de soja. A baixa na média parcial do mês (até o dia 20) interrompe a recuperação do poder de compra observada em junho. Nos últimos dias, especificamente, os preços do animal se elevaram no mercado independente da maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Com as vendas aquecidas, apesar do período de segunda quinzena, que costuma diminuir a liquidez do animal e da carne, agentes conseguiram reajustar positivamente as cotações.