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Boi: Sem China, EUA se Tornam o Maior Destino da Carne Brasile

Publicado 09.12.2021, 10:40
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Com as exportações brasileiras de carne bovina à China ainda suspensas, outros destinos da proteína nacional vêm ganhando destaque, como os Estados Unidos. Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, em novembro, o Brasil embarcou 17,29 mil toneladas de carne bovina ao país norte-americano, um recorde, que, inclusive, colocou o país como o maior destino da proteína nacional no mês. O volume escoado aos Estados Unidos em novembro correspondeu por 17,27% das vendas totais brasileiras. Como comparação, em novembro de 2020, foram exportadas pelo Brasil apenas 5,6 mil toneladas aos Estados Unidos, ou seja, forte aumento de 208% em um ano. 

SUÍNOS: MENOR VOLUME ENVIADO À CHINA REDUZ COM FORÇA TOTAL EXPORTADO EM NOV/21

As exportações brasileiras de carne suína recuaram com certa força em novembro, registrando o menor volume em 10 meses. A diminuição esteve atrelada à falta de contêineres e, sobretudo, à redução dos envios aos dois principais destinos da suinocultura nacional, China e Hong Kong. Conforme dados da Secex compilados por pesquisadores do Cepea, em novembro, o Brasil exportou 78 mil toneladas de carne suína, volume 20,1% inferior ao de outubro, o menor desde janeiro/21 e 9,8% abaixo do de nov/20. Para a China, especificamente, foram enviadas 21,9 mil toneladas, diminuição de 41,3% frente ao volume de outubro, e para Hong Kong, 9,7 mil toneladas, recuo de 26,5% na mesma comparação. No mercado interno, os preços do suíno vivo e da carne voltaram a cair neste início de dezembro, depois da leve reação das vendas tanto do suíno vivo quanto da carne no fim de novembro. No mercado independente de suínos, a oferta de animais para abate acabou ficando acima da demanda por novos lotes, devido à baixa liquidez da carne nos mercados doméstico e internacional. 

TILÁPIA: DEPOIS DE SUBIR POR TRÊS MESES SEGUIDOS, PREÇO CAI EM NOVEMBRO

A oferta controlada e o mercado aquecido vinham mantendo os preços da tilápia em movimento de alta há três meses. Em novembro, contudo, os valores recuaram na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, influenciados pela maior disponibilidade de animais. De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, a pressão veio da baixa demanda por parte das indústrias, Ceasas e feiras, que, por sua vez, relataram enfraquecimento das vendas no varejo e no mercado de food service. Além disso, produtores de alevinos indicaram que a oferta do animal na fase inicial já se normalizou, mas o ritmo de comercialização está fraco. No geral, compradores estão sendo mais cautelosos no alojamento, devido ao alto custo de produção e a consequentes dificuldades no repasse desses aumentos ao valor do peixe. Segundo levantamento do Cepea, na região dos Grandes Lagos (noroeste do estado de São Paulo e divisa de Mato Grosso do Sul), a tilápia in natura foi negociada a R$ 7,59/kg em novembro, recuo de 1,1% em relação a outubro.

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