A receita obtida com as exportações de carne bovina in natura em julho é a maior da história. Conforme dados da Secex, o total arrecadado no último mês foi de US$ 1,09 bilhão, altas de 5,15% em relação a junho e de 21,38% frente a julho/21. Quanto ao volume exportado em julho, somou 167,29 mil toneladas, avanços de 9,59% na comparação com junho e de 0,60% em relação a julho de 2021. Em termos de volume, esse é o segundo melhor mês de julho da história, atrás apenas do registrado em 2020, quando os embarques totalizaram 169,25 mil toneladas. De janeiro a julho de 2022, o volume exportado foi de 1,099 milhão de toneladas, o maior da série da Secex. Segundo pesquisadores do Cepea, o bom desempenho das exportações brasileiras de carne bovina é reflexo da alta competitividade e da dependência do mercado chinês do produto nacional. No mercado interno, os preços do boi gordo oscilaram em julho – o Indicador CEPEA/B3 chegou a registrar mínima de R$ 314,75 no dia 1º e máxima de R$ 334,00 no dia 11, diferença de 19,25 Reais/arroba. No acumulado do mês (entre 30 de junho e 29 de julho), o Indicador avançou 1,70%, encerrando o período a R$ 325,70. A média mensal, por sua vez, foi de R$ 324,41, 2,03% acima da do mês anterior, mas 7,03% abaixo da de julho de 2021, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de junho).
SUÍNOS: QUANTIDADE EXPORTADA AUMENTA, MAS PREÇO PAGO PELA CARNE NACIONAL CAI
As vendas externas dos produtos suinícolas in natura tiveram um forte incremento de junho para julho. No entanto, o preço pago pela tonelada da carne brasileira no mercado internacional recuou. Conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea, em julho, foram embarcadas 87,9 mil toneladas de carne suína in natura, aumento de 5,2% frente a junho, porém, queda de 5,3% na comparação com julho/21. Já, o valor pago pela carne suína nacional no mercado externo teve baixa de 2% frente ao mês anterior, ainda segundo a Secex, passando de US$ 2.429,42 em junho para US$ 2.380,90 no último mês. Para o segundo semestre, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê um aumento nas importações chinesas de carne suína, devido à formação de estoques para eventos festivos naquele país. Além disso, a abertura de novos mercados, como Canadá e Tailândia, e as reduções tarifárias da Coréia do Sul e do Vietnã também podem favorecer a carne suína brasileira no cenário internacional.