Após o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 ter atingido R$ 292,00 no dia 11 deste mês, os valores da arroba se enfraqueceram nos dias seguintes. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos frigoríficos, especialmente os que trabalham apenas com o mercado doméstico, postergam as compras de novos lotes de animais nos atuais patamares. Com isso, esses agentes se afastam do mercado, trabalham com escalas curtas e adquirem lotes apenas quando há necessidade. No entanto, a oferta de animais prontos para abate ainda é muito baixa, contexto que limita quedas mais intensas nos preços de negociação. Nessa quarta-feira, 18, o Indicador CEPEA/B3 fechou a R$ 282,15, com recuo de 3,37% frente à quarta-feira anterior, 11. No acumulado da parcial de novembro, no entanto, ainda se verifica avanço nos valores, de 1,35%.
SUÍNOS: PREÇOS SEGUEM RENOVANDO MÁXIMAS REAIS EM ALGUMAS PRAÇAS
A forte demanda de grandes agroindústrias por novos lotes de suínos no mercado independente e a oferta reduzida de animais em peso ideal de abate mantêm em alta os preços do vivo. Com isso, em algumas praças levantadas pelo Cepea, as cotações do animal seguem renovando o recorde real da série. Já no atacado, colaboradores do Cepea indicam que a demanda doméstica pela proteína se enfraqueceu nos últimos dias. Além de esta ser a segunda quinzena de novembro, período em que geralmente o poder de compra da população diminui, os elevados valores da carne afastam parte dos consumidores, contexto que tem impedido novas valorizações da proteína – em algumas regiões, inclusive, os preços registram quedas pontuais.
UVA: EXPORTAÇÕES AUMENTAM MAIS DE 300% EM OUTUBRO
As exportações brasileiras de uvas registraram bom desempenho em outubro, somando 14,1 mil toneladas e com receita de US$ 29,5 milhões, aumentos de expressivos 318,5% e 312,5%, respectivamente, frente a setembro, conforme dados da Secex. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, a firme demanda na União Europeia, alavancada pela busca por alimentos saudáveis e pela falta de frutas de outros países ofertantes, tem sido a grande responsável pela elevação dos embarques neste segundo semestre. Apesar de o volume exportado em outubro/20 ter ficado 10% inferior ao de outubro/19, a rentabilidade do setor exportador está bastante positiva. Isso porque, além da expressiva valorização da moeda norte-americana frente ao Real neste ano, o preço médio da uva, em dólar, aumentou cerca de 5% em relação a outubro do ano passado. Nesse sentido, produtores brasileiros seguem priorizando as exportações, o que vem controlando a oferta no mercado doméstico e favorecendo valorizações.