Enquanto o volume de animais abatidos no Brasil em 2021 volta aos menores patamares em mais de 17 anos, as vendas externas da proteína bovina apresentam desempenho recorde. Como resultado, os preços do boi gordo seguem elevados, na casa de R$ 340/@. De acordo com dados do IBGE, em 2021, foram abatidos no Brasil mais de 27 milhões de cabeças de bovinos, 7% abaixo do ano anterior e a menor quantidade desde 2004. No caso específico de fêmeas (vacas e novilhas), foram abatidas 9,27 milhões de cabeças em 2021, queda de 14% frente ao ano anterior e o volume mais baixo desde 2003. Quanto às vendas externas, segundo dados da Secex, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somavam, até a segunda semana de março, 84,21 mil toneladas, com média diária de embarques de 10,52 mil. Caso o atual ritmo de vendas se mantenha até o encerramento do mês, o Brasil pode escoar mais de 200 mil toneladas em março.
SUÍNOS: PREÇOS APRESENTAM MOVIMENTOS DISTINTOS
Os preços do suíno vivo vêm apresentando movimentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário se deve aos diferentes volumes de oferta dentre as regiões. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, a oferta restrita vem elevando e/ou sustentando os valores do suíno, em boa parte das regiões do Paraná e de São Paulo, os preços estão enfraquecidos, influenciados pelo aumento no escoamento de suínos devido à necessidade de “caixa” dos produtores. Quanto ao mercado da carne, vendedores passaram a sentir certa resistência por parte dos compradores em realizar novos reajustes positivos nos preços. Neste caso, atacadistas indicam que, com o final da primeira quinzena, as saídas de carcaça e de alguns cortes diminuíram. Com isso, os preços da carcaça especial suína e de alguns cortes negociados no atacado da grande São Paulo estão em queda nesta semana.