A restrição na oferta e a demanda aquecida têm elevado os preços do bezerro e do boi magro neste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, a menor disponibilidade de reposição pode estar atrelada ao crescente volume de fêmeas (novilhas e vacas) abatidas no País nos últimos trimestres. Do lado da demanda, o bom desempenho das exportações mantém aquecida a procura por boi gordo para abate, o que, consequentemente, aumenta o ritmo de aquisição de novos lotes de reposição. De acordo com dados do Cepea, no estado de São Paulo, o boi magro tem sido negociado em setembro por volta de R$ 2.100,00/cabeça, o que representa valorização de 11,3% frente à média de janeiro deste ano, em termos reais – valores foram deflacionados pelo IGP-DI de agosto/19. Para o bezerro, a cotação média de setembro, também no estado de São Paulo, está próxima de R$ 1.400,00, alta real de 3,9% em relação à verificada em janeiro.
SUÍNOS: COTAÇÕES SE ELEVAM NO MERCADO INDEPENDENTE
A intensificação das compras de novos lotes de animais para abate por parte de grandes agroindústrias integradoras, devido à expectativa de incremento nas exportações da proteína à China, impulsionou os preços do suíno vivo no mercado independente. Dessa forma, os valores do animal já acumulam três semanas de sucessivas altas, chegando a um dos maiores patamares do ano – atrás apenas dos valores praticados em junho e julho, quando o ritmo acelerado das exportações elevou com força as cotações de todos os produtos suinícolas. Vale lembrar que a China continua sofrendo com os impactos da Peste Suína Africana (PSA), tendo em vista que a oferta doméstica de carne caiu drasticamente. A situação não tem previsão para se normalizar, o que mantém aquecido o mercado internacional suinícola, uma vez que o país asiático tem comprado grandes volumes de carne suína no exterior.