Os preços do boi gordo seguem em recuperação no mercado brasileiro. Na parcial de setembro (até o dia 12), o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa acumula alta de 1,5%, fechando a R$ 149 nessa quarta-feira, 12. Segundo pesquisadores do Cepea, esse recente movimento de elevação nos valores traz otimismo ao setor pecuário, mas ainda é preciso se planejar para os médio e longo prazos. Na B3, no médio prazo, considerando-se os contratos Outubro/18, Novembro/18 e Dezembro/18, o boi gordo tem sido negociado na casa dos R$ 152, acima do físico atual. Quanto ao longo prazo, o contrato Agosto/19 é negociado por volta de R$ 162,00, ou seja, 12,5% acima da média do físico no mesmo mês de 2018, de R$ 144,81. Os vencimentos Setembro/19 e Outubro/19 são ajustados na casa dos R$ 159,00.
SUÍNOS: CUSTO SUPERA RECEITA EM MT E MG HÁ 6 MESES
Levantamento do Cepea mostra que os custos de produção da suinocultura independente em Minas Gerais e em Mato Grosso têm superado a receita obtida com a vendas dos animais desde março deste ano (tomando-se como base o COT – Custo Operacional Total, que considera o custo operacional efetivo mais os custos com depreciações e pró-labore). Segundo pesquisadores do Cepea, esse contexto – que é resultado das consecutivas quedas nos preços de venda dos animais e das altas de importantes insumos do setor, como milho e farelo de soja – tem levado produtores a migrarem de atividade. Conforme a equipe de Insumos Pecuários do Cepea, uma menor liquidez nas negociações já vem sendo observada, inclusive, no mercado de medicamentos para suínos.
MELÃO: MENOR OFERTA NA UE PODE FAVORECER EMBARQUES BRASILEIROS
As exportações de melão para a União Europeia, principal consumidora da fruta brasileira, devem ganhar ritmo ainda neste mês, visto que a safra do bloco se aproxima do fim e que a oferta local tende a diminuir neste período. Além disso, as temperaturas elevadas na Europa também podem favorecer o consumo de melão, principalmente na Península Ibérica. Até o momento, porém, a disponibilidade segue elevada no continente, sobretudo na Espanha – onde a colheita atrasou –, o que limitou os primeiros envios da temporada 2018/19. Em agosto, os embarques do melão brasileiro à União Europeia somaram apenas 3,8 mil toneladas, quantidade 61% menor que a exportada no mesmo período do ano passado. Em receita, o total foi de US$ 2,5 milhões, 66% inferior na mesma comparação. No mês passado, alguns envios da fruta foram direcionados à Rússia, o que pode indicar a abertura de um novo mercado para o melão brasileiro – vale ressaltar que os russos importam a maioria das frutas consumidas internamente. Assim, se a parceria se concretizar, as exportações brasileiras de melão podem aumentar ainda mais.