Neste começo de julho, segundo informações do Cepea, enquanto os preços da arroba do boi estão firmes, os da carne estão em queda. No acumulado parcial do mês (de 29 de junho a 11 de julho), a carcaça casada bovina (negociada no atacado da Grande São Paulo) registra desvalorização de 0,94%, negociada a R$ 9,50/kg nessa quarta-feira, 11. De acordo com agentes consultados pelo Cepea, essa queda se deve ao fraco volume de vendas, que, por sua vez, é reflexo das baixas demandas interna e externa (vale lembrar que as exportações têm registrado desempenho ruim desde abril deste ano). Quanto ao boi gordo, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) fechou a R$ 141,10 nessa quarta, alta de 1,22% no acumulado parcial de julho. No geral, as negociações seguem em ritmo lento.
SUÍNOS: JULHO AVANÇA E VALORES NÃO REAGEM
O início do mês e as temperaturas mais baixas elevam, tipicamente, a demanda por carne suína. Esse cenário, no entanto, não tem sido observado, de acordo com pesquisadores do Cepea. Isso porque julho começa a avançar e os valores ainda não reagiram. Pelo contrário, os preços do animal vivo e da carne no atacado seguem em queda na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea e o ritmo de negócios, lento. No geral, a expectativa do setor é de que a demanda se aqueça caso as temperaturas se mantenham baixas. Quanto às exportações totais da carne suína, ainda registram fraco desempenho, o que está atrelado principalmente ao embargo russo, que vem sendo mantido desde o final de 2017.
MAMÃO: OFERTA RESTRITA IMPULSIONA COTAÇÕES DO FORMOSA
Na primeira semana de julho (de 2 a 6), o mamão formosa voltou a se valorizar nas principais regiões produtoras – especialmente no norte de Minas Gerais e no oeste da Bahia, onde os preços mais elevados foram registrados. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, além da oferta controlada nessas praças, este cenário foi favorecido pela comercialização em centros com menor concorrência. Com isso, na região mineira, a variedade foi vendida por R$ 0,96/kg, valor 35% superior ao da semana anterior – valores similares foram observados, inclusive, no oeste baiano. Apesar de essa elevação no preço do mamão indicar uma possível normalização no comércio, muitos fatores ainda prejudicam o reestabelecimento do mercado, como as férias escolares, o inverno e a maior presença de frutas graúdas (principalmente no norte do Espírito Santo).