Desde o encerramento de dezembro, o preço médio da arroba do boi gordo no estado de São Paulo (representado pelo Indicador CEPEA/B3) caiu 20 Reais, ou 8% – o Indicador encerrou o ano de 2023 em R$ 252,30 e opera na casa dos R$ 232 nesta semana. Segundo pesquisadores do Cepea, o lento ritmo de vendas de carne bovina no mercado doméstico, as escalas alongadas dos frigoríficos e, agora, a aproximação dos meses mais frios – quando as condições das pastagens pioram e pecuaristas são pressionados a elevar a oferta – influenciam as baixas nas cotações.
FRANGO: FRACA DEMANDA PRESSIONA COTAÇÕES EM MARÇO
Os preços médios da maioria dos produtos de origem avícola estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês. Já no mercado de pintainho de corte, a procura aquecida pelo animal tem impulsionado os valores. De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o movimento altista pode estar ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira – vale lembrar que as exportações de carne de frango estão em forte ritmo.
SUÍNOS: PREÇOS SOBEM NA 2ª QUINZENA, MAS MÉDIAS MENSAIS TÊM COMPORTAMENTOS DISTINTOS
Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançam nesta segunda quinzena. Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal. Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco. No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.