Os preços do bezerro estão em movimento de queda desde meados de 2021. Entre agosto/22 e agosto/23, especificamente, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) recuou 8%. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os valores do animal vem sobretudo da maior oferta, resultado de avanços no uso de tecnologias para produção (como genética e inseminação, especialmente de 2020 a 2022) e, consequente, do aumento da produtividade. Neste caso, produtores, estimulados pelos elevados patamares de negociação da arroba bovina e pela aquecida demanda internacional pela carne brasileira, elevaram os investimentos no setor. Além disso, foi verificada uma maior retenção de matrizes entre 2020 e 2021 (vacas adultas e novilhas), justamente no intuito de se recuperar a produção.
SUÍNOS: COTAÇÕES DO VIVO REAGEM; EXPORTAÇÃO CAI FRENTE A JUN/23, MAS SOBE FRENTE A JUL/22
As vendas domésticas de boa parte dos produtos de origem suinícola, bem como de suínos vivos, reagiram neste começo de agosto. Com as negociações mais aquecidas, o movimento de queda dos preços, observado na segunda quinzena de julho, foi interrompido, e altas passaram a ser registradas em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Para a carne suína, a cotação da carcaça especial acompanhou o movimento de alta verificado para o animal. Quanto às vendas externas, o ritmo das exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) diminuiu em julho, mas registrou forte avanço frente ao de julho de 2022, sendo também o quinto mês consecutivo de volume exportado acima de 100 mil toneladas. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 104,2 mil toneladas de carne suína no último mês, quantidade 2,6% menor que a embarcada em junho, mas ainda 9,8% superior à enviada ao mercado internacional no mesmo período do ano passado.