Depois da recuperação dos preços da arroba neste segundo semestre, verificada em meados de agosto, os valores voltaram a cair nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, as quedas estão atreladas à insegurança do mercado, devido às recentes prisões de executivos da maior indústria frigorífica do País. Apesar da baixa oferta de boi gordo, frigoríficos têm limitado as compras, por conta das incertezas quanto ao futuro desse playerdentro do setor. De sexta para segunda-feira, 11, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa registrou queda de 0,31%, e de segunda para terça, a baixa foi de 0,97%. Entre 6 e 13 de setembro, o recuo foi de 0,62%, fechando a R$ 143,92 nessa quarta. Apesar das desvalorizações, no acumulado do mês (até o dia 13), o Indicador ainda registra alta de 0,67%.
SUÍNOS: COM INÍCIO DE MÊS, FERIADO E ALTA DAS EXPORTAÇÕES, VIVO SE VALORIZA
Os preços do suíno vivo reagiram na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea nos últimos dias. Além do pagamento dos salários, que favorecem o aumento do consumo, frigoríficos alteraram o calendário de abates devido ao feriado do Dia da Independência, cenário que reduziu a oferta de carne. Além disso, as exportações de produtos suínos fecharam agosto com a maior alta do ano, ajudando a enxugar ainda mais a oferta no mercado interno. Na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), as cotações do animal vivo subiram 3,5% entre 6 e 13 de setembro, com o quilo negociado a R$ 4,00, em média, nessa quarta-feira, 13. No mercado de carne, o preço da carcaça comum permaneceu praticamente estável no período, a R$ 5,80/kg. O valor da carcaça especial, por sua vez, subiu 1,2%, para R$ 6,17/kg.
MANGA: COTAÇÕES RECUAM EM TODO O PAÍS
As cotações da manga continuam em queda em todas as praças que ofertam a fruta neste período. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, muitos produtores do Vale (SA:VALE5) do São Francisco (PE/BA) “seguraram” as frutas nos pomares com o objetivo de conseguir preços maiores, favorecendo o acúmulo nas roças, principalmente da tommy. Além disso, as importações norte-americanas da variedade produzida no Vale ainda estão em ritmo lento, com previsão de aumento apenas a partir do dia 20 deste mês, com o fim da safra mexicana. Assim, os preços de venda no atacado recuaram 12% para a palmer e 3% para a tommy, a R$ 3,45/kg e a R$ 2,35/kg, respectivamente, entre 4 e 8 de setembro.