Nesta parcial de dezembro (até o dia 18), o peso médio do animal de reposição (nelore, de 8 a 12 meses) negociado em Mato Grosso do Sul registra média de 174,31 quilos, segundo levantamento realizado diariamente pelo Cepea. Trata-se da menor média mensal desde janeiro de 2002, quando esteve em 173,47 quilos. Pesquisadores do Cepea indicam que, analisando-se a série de sazonalidade do peso do bezerro, observa-se que, de fato, esses animais tendem a ser mais leves em dezembro, especialmente, e em janeiro. Isso porque esses bezerros nascem geralmente em maio, atravessando os primeiros meses de desenvolvimento na época mais seca do ano. Em dezembro de 2019, no entanto, o que chama a atenção é que o peso é um dos mais baixos de toda a série do Cepea. De acordo com pesquisadores do Centro de Pesquisas ligado à USP, esse cenário pode estar atrelado ao atraso das chuvas no Centro-Oeste em 2019, que teria limitado ainda mais o ganho de peso desses animais. Outro motivo que pode ter influenciado a comercialização de um bezerro mais leve é a demanda por parte de recriadores, que tende a estar mais aquecida, devido ao elevado patamar de preço da arroba do boi gordo. Pesquisadores do Cepea destacam, ainda, que o criador, por sua vez, também poderia estar “aproveitando” os elevados valores de comercialização do bezerro e, com isso, ofertando um animal precoce.
SUÍNOS: PODER DE COMPRA FRENTE AO FARELO DE SOJA É O MAIOR DESDE MAR/17
O poder de compra do suinocultor consultado pelo Cepea frente ao farelo de soja neste mês (até o dia 18) é o maior desde março de 2017. Tanto os preços dos principais insumos para ração, milho e farelo de soja, quanto os do suíno estão em alta desde setembro. As cotações do animal, porém, sobem de maneira mais intensa, fazendo com que o poder de compra dos produtores consultados pelo Cepea já acumule quatro meses de aumentos consecutivos. O suíno segue registrando maior demanda neste mês de dezembro. As exportações aquecidas se aliaram ao incremento na procura doméstica, por conta das festas de fim de ano, o que mantém os preços do animal em alta. No mercado de milho, segundo levantamento da Equipe Grãos/Cepea, a oferta restrita e a maior demanda continuam elevando os preços do cereal. Para o farelo de soja, a demanda interna está aquecida, principalmente por parte da suinocultura e avicultura.