A produtividade da pecuária nacional (quilogramas por animal) atingiu patamar histórico em 2018, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) neste mês. Vale lembrar que o número de animais abatidos no ano passado também cresceu, sendo o maior desde 2014. Segundo pesquisadores do Cepea, esses números mostram a evolução da pecuária nacional, que vem respondendo a investimentos realizados nos últimos anos, especialmente após a forte seca enfrentada pelo Centro-Sul brasileiro entre 2013 e 2014, que resultou em redução do rebanho e da produtividade nacional. Em 2018, a produtividade média do rebanho brasileiro (considerando-se boi, vaca, novilho e novilha) foi de 249,35 kg/animal, a mais alta da série, 0,2% maior que a de 2017, 4,86% acima da de 2014 e 5,07% superior à de 2013. Em termos de produtividade, no quarto trimestre de 2018, registrou-se a segunda maior marca da história, de 253,39 kg/animal, atrás apenas (em 0,39%) da observada no terceiro trimestre do mesmo ano.
SUÍNOS: CARNE SE VALORIZA, MAS PERMANECE COMPETITIVA
A baixa oferta de suíno vivo em peso ideal para abate tem mantido os preços do animal em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Diante desse cenário, frigoríficos têm repassado as valorizações do vivo à carne. Segundo colaboradores do Cepea, apesar dessas recentes recuperações nos preços do animal e da proteína, as médias parciais de fevereiro ainda estão abaixo das de janeiro, contexto que mantém a carne suína competitiva frente às principais substitutas (bovina e de frango). Nessa quarta-feira, 20, o quilo do animal foi negociado na média de R$ 3,90 na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), alta de 6,1% em relação à do dia 13. A média deste mês, porém, é 4,6% inferior à de janeiro, a R$ 3,68. Para as carcaças, enquanto a especial suína registra queda mensal, as demais proteínas (carcaça casada bovina e frango resfriado) apresentam relativa estabilidade neste mês, o que tem mantido a competitividade da carne suína em fevereiro. Na parcial do mês, a carcaça casada bovina registra leve desvalorização de 0,1%, com o quilo da carne negociado, em média, a R$ 10,47. A cotação da carne de frango, por sua vez, subiu 0,2%, com a proteína resfriada tendo média de R$ 4,33/kg em fevereiro. Com isso, a proteína suína está apenas 1,49 Real mais cara que a carne de frango e 4,66 Reais mais barata que a proteína bovina, ganhos de competividade de respectivos 15,4% e 5,7%, frente ao observado em janeiro.
CENOURA: PREÇO MÉDIO SEMANAL NO PR É O MAIOR DESDE 2016
A oferta de cenouras está bastante baixa em Marilândia do Sul (PR), o que acabou impulsionando as cotações das raízes na região. Entre 11 e 15 de fevereiro, a caixa com 20 kg da cenoura do tipo "AAA" (padrão de mercado) teve preço médio de R$ 49,00, o maior desde o início de 2016 e 24,6% superior ao da semana anterior. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a produção de cenouras no Paraná foi prejudicada pelo excesso de chuvas durante o desenvolvimento das raízes (novembro e dezembro de 2018), o que elevou os descartes. Além disso, existem produtores em intervalo de safra, enquanto outros realizam, em ritmo lento, a colheita das variedades da temporada de verão 2018/19. Quanto à qualidade das raízes de Marilândia do Sul, não é considerada satisfatória. Por outro lado, as cenouras estão padronizadas em termos de calibre, com maior incidência do tipo "AAA".