O ritmo de negócios tanto de boi gordo quanto de carne bovina segue marcado por relativa constância. Segundo pesquisadores do Cepea, a baixa disponibilidade de animais tem feito com que frigoríficos ajustem os valores de compra conforme a necessidade de completar uma ou outra escala. Ao mesmo tempo, ainda conforme pesquisadores do Cepea, os negócios antecipados, em sua maioria travados em valores superiores aos atuais, aliviam a necessidade de aquisição, freando as altas na cotação da arroba negociada no spot. No estado de São Paulo, onde tem sido observado aumento significativo dos negócios a termo/contrato nos últimos anos, os reflexos dessa estratégia se mostram mais evidentes, pesando para diminuir o diferencial de base, de acordo com levantamentos do Cepea.
SUÍNOS: Vivo atinge maior média real desde fev/21
Os preços do suíno vivo e da carne estão em alta em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em algumas praças, a atual média do vivo é a maior desde fevereiro/21, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de julho). Segundo pesquisadores do Cepea, os avanços são resultados da oferta reduzida de animais em peso ideal para abate e da forte procura por novos lotes por parte da indústria, que precisa atender às demandas interna e sobretudo, externa. No mercado da carne, apesar do alto valor pago pelo vivo, colaboradores do Cepea relatam que a liquidez das vendas tem sido moderada nos últimos dias. Na parcial de agosto, o preço médio da carcaça especial suína comercializada no atacado da Grande São Paulo está em R$ 12,08/kg, o maior desde junho/21, em termos reais (neste caso, os valores foram deflacionados pelo IPCA de julho).
MAMÃO: Cotação do havaí sobe pela 3ª semana
Levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea mostra que os preços do mamão havaí subiram nas principais regiões produtoras pela terceira semana seguida. De 12 a 16 de agosto, o tipo 15 a 18 foi cotado à média de R$ 5,25/kg no Norte do Espírito Santo, forte aumento de 95% em relação ao período anterior. No Sul da Bahia, a elevação foi de 82% no mesmo comparativo, com o quilo sendo vendido a R$ 5,17. Segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea, o movimento de alta se deve ao baixo volume colhido, acentuado pela queda das temperaturas no começo da semana, sobretudo nos períodos noturnos, que desacelerou a maturação do fruto e o segurou mais tempo no pé. Além disso, ventos consideráveis em algumas localidades causaram a desfolha de plantas e deixaram as frutas mais expostas, o que afetou a qualidade, ainda conforme colaboradores do Hortifrúti/Cepea.