As desvalorizações do milho e do boi magro nos primeiros meses de 2023 vêm gerando certa expectativa positiva para os pecuaristas que realizam a terminação do animal para abate em confinamento. Conforme cálculos do Cepea realizados em parceria com a CNA, a alimentação (grãos, sobretudo) pode corresponder de 25% a 35% do Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade pecuária, dependendo da região, ao passo que o animal de reposição pode representar entre 63% e 73% do custo. Por outro lado, os valores do boi gordo estão enfraquecidos, o que acaba gerando certa apreensão entre pecuaristas terminadores.
SUÍNOS: CARNE SUÍNA GANHA COMPETITIVIDADE FRENTE ÀS CONCORRENTES
Os valores de comercialização da carne suína seguem registrando quedas em abril – trata-se do segundo mês consecutivo de baixa. Segundo levantamento do Cepea, o fraco consumo interno nesta final de segunda quinzena tem pressionado as cotações. De março para abril (até o dia 25), o preço da carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo registrou forte recuo de 8%, com a média atual a R$ 9,76/kg. Quanto às carnes concorrentes, o valor da de frango também está recuando neste mês, mas em menor intensidade. Já para a carne bovina, o movimento é de leve valorização. Neste cenário, a competitividade da carne suína vem avançando frente às concorrentes.