Levantamentos do Cepea apontam que os preços do boi gordo e da carne bovina seguem enfraquecidos neste início de fevereiro. Pecuaristas se mostram resistentes em negociar nos valores ofertados, mas, como a demanda no mercado atacadista também está relativamente baixa, frigoríficos não pressionam por volumes maiores – as escalas de abate estão “confortáveis”. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, muitos agentes têm a expectativa de que a procura reaja após o carnaval. As exportações brasileiras de carne bovina, por sua vez, continuam em expansão, e pecuaristas que atendem a este segmento, especialmente os que conseguem animais com peso adequado para abate até os 30 meses, têm obtido preços bem maiores que os registrados na venda para consumo doméstico.
SUÍNOS: PREÇOS DO VIVO E DA CARNE REAGEM COM FORÇA
Depois de caírem em janeiro, os preços do suíno vivo e da carne suína têm reagido neste início de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, além da maior demanda nesse período de recebimento de salários, o impulso também vem da menor disponibilidade doméstica de animais (sobretudo com peso ideal para abate) e da proteína. Mesmo diante das altas, a liquidez está elevada no mercado interno, e, segundo agentes consultados pelo Cepea, a procura pela carne suína deve continuar firme nos próximos dias. No Sul, produtores relatam solicitações de adiantamento e pedidos de cargas extras.